Saúde

Brasil registra aumento de 5% nos casos de hanseníase em 2023

Campanhas pontuais não são suficientes para combater a doença

Da Redação com AGr

O Brasil registrou um aumento de 5% nos casos de hanseníase no período de janeiro a novembro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram diagnosticados ao menos 19.219 novos casos, sendo Mato Grosso o estado com o maior número de notificações (3.927).

Para o coordenador Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Faustino Pinto, o aumento dos diagnósticos é, em um primeiro momento, algo positivo, pois indica que a doença está sendo mais detectada. No entanto, ele ressalta que a subnotificação é um problema grave no Brasil, e que o número real de casos pode ser muito maior.

“A pandemia de covid-19 criou dificuldades para novos diagnósticos e para o tratamento de pacientes com hanseníase, contribuindo para a subnotificação e o pior prognóstico dos casos”, disse Pinto.

A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que atinge a pele, mucosas e o sistema nervoso periférico. Embora tenha cura, pode causar lesões e danos neurais irreversíveis se não for diagnosticada a tempo e tratada de forma adequada.

Os principais sinais e sintomas da doença são o aparecimento de manchas na pele, alterações na sensibilidade, comprometimento dos nervos periféricos e diminuição dos pelos e do suor.

O tratamento da hanseníase é feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é composto por medicamentos antimicrobianos que devem ser tomados por seis meses ou até um ano, dependendo do tipo da doença.

O mês de janeiro é dedicado à campanha Janeiro Roxo, que busca conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do enfrentamento ao preconceito contra a hanseníase.

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