Caminhão atinge mureta de proteção e fica pendurado na estrutura; motorista é socorrida sem ferimentos
Luiz Guilherme Bannwart
Mais um grave acidente foi registrado na tarde desta quarta-feira (1º) na Ponte do Ubá, na BR-153, entre Santo Antônio da Platina e Jacarezinho, no norte pioneiro do Paraná. Um caminhão carregado com arroz atingiu a mureta de proteção da ponte, e ficou parcialmente pendurado na estrutura de concreto.
De acordo com informações do Setor de Comunicação Social do 7º Subgrupamento de Bombeiros Independente de Santo Antônio da Platina, o acidente aconteceu por volta das 16h20 no Km 34 da rodovia federal e mobilizou três viaturas e seis militares da corporação no resgate a supostas vítimas. No entanto, quando os socorristas chegaram ao local a única vítima do acidente, uma mulher que dirigia o caminhão, já estava sendo atendida por socorristas do Samu e transportada ao Pronto-Socorro de Jacarezinho, consciente e sem lesões aparentes.
A rodovia foi interditada nos dois sentidos para o atendimento ao acidente, e provocou grande congestionamento. Por volta das 18h, o trânsito fluía lentamente no sistema pare e siga orientado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Lombadas irregulares
O acidente ocorrido na tarde desta quarta-feira (1º) na Ponte do Ubá, cujas circunstâncias serão investigadas pelas autoridades competentes, pode ter sido, mais um, provocado pelas lombadas instaladas pelo Dnit no local como medida para reduzir o excesso de velocidade no trecho.
No entanto, de acordo com o Contran, no caso de rodovias, as lombadas, ou ondulações transversais, são aceitas somente em determinadas situações, como, por exemplo, se elas forem instaladas em trechos urbanos das rodovias, como é o caso das que existem na BR-153, em Santo Antônio da Platina, no trecho onde a estrada praticamente divide a cidade, obrigando moradores a cruzá-la constantemente. O mesmo ocorre em Jacarezinho.
Porém, não é o caso da Ponte do Ubá. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, a instalação de lombadas em plena rodovia só seria viável como última opção, e mesmo assim seguindo regras importantes para evitar acidentes, como não colocar em local onde há curva, que dificulte a sua visualização, e também não usá-las em declividades. Ou seja, as duas situações se encaixam exatamente na localização da ponte, que fica em um declive acentuado, que termina em curva.
