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Plano Nacional visa reduzir número de mortes e lesões no trânsito em 50% até 2028

Victor Leahy

Os acidentes de trânsito são frequentemente listados como uma das principais causas de mortes em vários países do mundo, sobretudo do público mais jovem. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, esse tipo de ocorrência é responsável por uma média de 40 mil óbitos por ano, ou seja, mais de três mil por mês, números que colocam o país tupiniquim na quarta colocação do ranking mundial da estatística. As vítimas mais atingidas por este tipo de sinistro são jovens entre 15 e 29 anos de idade.

Com o objetivo de colocar um freio nesses dados alarmantes, o governo federal desenvolveu o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). A ação visa reduzir em pelo menos 50%, os indicadores de mortes e lesões nas estradas de todo o país. Criado em 2018, o ambicioso plano pretende atingir o resultado esperado em até 10 anos, ou seja, em 2028.

Até a publicação desta matéria, 19 estados participam da execução da política pública, são eles o Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, São Paulo, Santa Catarina.

À exemplo de demais políticas públicas, o plano prevê que estados e municípios devem agir em harmonia para identificar e aprimorar estratégias que permitam uma maior segurança do tráfego de veículos nas estradas. Seja na atuação para melhoria do asfalto, instalação de placas de sinalização que possam auxiliar os condutores ou na fiscalização dos motoristas nas rodovias, a colaboração e ação conjunta entre município e estado se faz essencial para o sucesso do plano nacional.

Como funciona?

Com base na integração de órgãos, o Pnatrans consiste em dificultar a ocorrência de acidentes graves de trânsito a partir do aprimoramento de políticas públicas, tanto na prática, como por exemplo na melhoria da estrutura das estradas ao redor do país, quanto na conscientização dos motoristas para que, desta forma, o número de óbitos ocorridos por esta causa possa ser reduzido drasticamente.

Dentre os programas que devem ser aprimorados no período estão a normatização e fiscalização, educação para o trânsito, gestão da segurança no trânsito, vias seguras e segurança veicular. Estes foram definidos como os seis pilares essenciais para garantir que o trânsito possa ser avaliado de forma separada e a atuação do plano aconteça onde realmente é necessário.

Efeitos secundários

Com a clareza de que o objetivo principal do plano nacional é salvar vidas (número pode chegar a mais de 86 mil vidas salvas até o fim do programa), o sucesso do Pnatrans também pode significar uma economia no bolso dos motoristas. Isso porque, com a redução no número de acidentes de trânsito, gastos extras como manutenção de veículos, franquia de seguro de carro, guincho, entre outros, podem ser evitados.

Ainda pensando no sucesso do desafio, o número de internações por acidentes também diminuiria nos hospitais, desafogando leitos e economizando dinheiro público e privado que poderia ser utilizado para outros fins e trazendo diversos benefícios para a população como um todo.

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