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S. A. Platina – Paciente de Covid-19 aguarda no Pronto Socorro

Problema se repete em outras Regionais de Saúde e há casos de pacientes pediátricos esperado vagas

Da Redação

O que tanto se temia está ocorrendo. Com o crescimento de novos casos de Covid-19 vive-se o risco real de estrangulamento do sistema de saúde em nossa região. A reportagem da Tribuna do Vale recebeu, no meio da tarde desta quinta-feira (02), a informação de que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Regional do Norte Pioneiro, sediado em Santo Antônio da Platina, está com todos os 10 leitos ocupados e o mesmo ocorrendo com a enfermaria de retaguarda, com 9 leitos.

Por conta disso, um paciente de Covid-19, para desespero da família, ocupa desde a manhã desta quinta-feira, um leito no Pronto Socorro Municipal, enquanto aguarda vaga na enfermaria de Covid do Hospital Regional. O problema que, até o fechamento desta edição, não havia previsão de vaga.

O fenômeno não é exclusividade da área da 19ª Regional de Saúde, com sede em Jacarezinho e jurisdição sobre 23 municípios do Norte Pioneiro. No total são cinco pacientes esperando vagas em enfermagem Covid, das regionais de Londrina, Jacarezinho e Ivaiporã.

Outros quatro pacientes pediátricos estão nas mesmas condições, a espera de vagas, sendo os mesmos ligados às regionais de Londrina, Cornélio Procópio e Ivaiporã. Tais informações são da Central de Leitos da Secretaria de Estado da Saúde.

Fim da UTI-Covid
Tribuna do Vale fez contato com vários médicos que atuam na UTI-Covid do Hospital Regional sobre a decisão da FUNEAS – Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná, que notificou os profissionais sobre a antecipação da rescisão contratual de prestação de serviços com a instituição. Todos disseram ser uma manobra arriscada e que agora não é momento de mudanças, principalmente quando se diz que a UTI do Regional é referência em atendimentos de pacientes respiratórios.

“Acreditamos que a Secretaria de Estado da Saúde (SESA), não deveria tomar uma decisão tão dramática de mudança para UTI geral. É uma manobra arriscada e perigosa da direção técnica, que pode deixar a população desassistida por falta de leitos, hoje por exemplo, se você precisar de vaga, você vai entrar em uma fila. Não temos leitos disponíveis. Fecharam vários hospitais e leitos de campanha, e agora em pleno ascensão dos casos querem transformar em UTI geral? Não estamos de acordo”, ponderou uma das médicas ouvidas pela reportagem.

Silêncio
Procurado pela segunda vez consecutiva pela reportagem, o médico Guilherme Augusto Mariano Faria, diretor técnico do Hospital Regional, não retornou as mensagens deixadas no aplicativo wattsapp nem atendeu as ligações para tratar do assunto que é ligado diretamente à sua área de atuação.

Aliás, tem sido frequentes as críticas à atuação do profissional, que tem uma passagem conturbada na área de saúde pública em Jacarezinho, onde foi processado pela Justiça Federal e teve bens bloqueados como garantia de ressarcimento de eventuais prejuízos causados aos cofres públicos.

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