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Funcionários do Hospital Regional
ainda não receberam indenizações

Cerca de 40 trabalhadores exonerados pela Alfa Resgate ingressaram na Justiça do Trabalho, mas caso ainda se arrasta

Da redação

Nem a empresa Alfa Resgate, que foi descredenciada do Hospital Regional do Norte Pioneiro (HRNP), muito menos a Funeas – Fundação Estatal de Atenção em Saúde Pública do Paraná, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), até agora providenciaram o pagamento das indenizações dos cerca de 40 trabalhadores exonerados. O caso se arrasta na Justiça do Trabalho, fórum trabalhista de Santo Antônio da Platina, sem definição do desfecho.

Trata-se de um festival de trapalhadas da Funeas, que deveria ter agido preventivamente para evitar os prejuízos causados aos trabalhadores do Hospital Regional. O montante das indenizações ainda não foi apurados em sua totalidade, segundo revela um dos advogados envolvidos na defesa dos trabalhadores.

Além das indenizações pelas demissões, os trabalhadores reclamam os oito dias remanescentes do mês de março, as férias, mais um terço de férias, o FGTS juntamente com os 40 % de multa em caso de demissão sem justa causa, sem contar que, pelo tempo que estão esperando sem que suas carteira de trabalho tenham sido dado baixa, mais um salário mínimo por não terem respeitado o prazo para o acerto.

O que agrava a situação dos trabalhadores, segundo a reportagem apurou, é que a Justiça do Trabalho de primeira instância reconheceu que a Funeas terias realizado a correta fiscalização do efetivo cumprimento do contrato com a Alfa Resgate, isentando a estatal do pagamento das indenizações.

Isso causou profunda revolta entre os trabalhadores do Hospital Regional. Eles alegam que essa versão não combina com a realidade, já que a Alfa vinha cometendo sucessivas irregularidades, inclusive em relação a outros contratos que mantinha com a Funeas, nos hospitais de Paranaguá e Londrina, igualmente mantidos pela estatal.

O que agrava a situação é que a Funeas repassou parte dos valores à Alfa Resgate, que poderia ter bloqueado para garantir pelo menos uma parte das indenizações. “A Funeas abandonou os trabalhadores à própria sorte”, reclamou um dos advogados, que informou que ingressa com recurso junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba, onde pretende reverter a situação.

Quanto a Alfa, seus representantes sequer foram à audiência em Santo Antônio da Platina e muito menos intimada pessoalmente. Além dos processos de Santo Antônio da Platina, a empresa responde a ações trabalhistas em Londrina e Paranaguá.

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