Ex-deputado teve quatro legislaturas na câmara federal entre a década de 90 e os anos 2000, mas desta vez está fora da disputa
Diógenis Santos / Câmara
Da Redação
Pela primeira em quase 30 anos os eleitores da região não terão a opção de votar para deputado em Chico da Princesa, ex-parlamentar e uma das mais importantes lideranças políticas do Norte Pioneiro nas últimas décadas.
Depois quatro mandatos seguidos como deputado federal e insucessos nas últimas tentativas eleitorais, Chico da Princesa não figura nas opções de voto para as eleições de 2022 – diferente das disputas de 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.
A ausência do ex-deputado nas eleições reforça a sensação de fim de uma importante trajetória política, que teve início em 1992, quando Chico da Princesa se elegeu vereador em Santo Antônio da Platina, sendo o mais votado.
Dois anos depois Chico foi candidato a deputado federal, ficando na suplência, mas assumindo logo no começo da legislatura ao Reinhold Stephanes ser nomeado ministro do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Nas três eleições seguintes, em 1998, 2002 e 2006, Chico da Princesa se reelegeu para a câmara federal, sempre obtendo boas votações e se consolidando como um dos principais nomes da política regional.
No pleito de 2010, porém, mesmo com mais de 53 mil votos conquistados, o ex-deputado não conseguiu se reeleger para uma nova legislatura, iniciando aí um período de seguidos insucessos em disputas eleitorais.
Em 2012 derrota nas eleições para a prefeitura de Santo Antônio da Platina, que teve Pedro Claro como vencedor – Chico da Princesa terminou como o segundo mais votado, obtendo 8,7 mil votos, o equivalente a 35% dos votos válidos.
Já nas disputas de 2014 e 2018, como candidato a deputado estadual, Chico da Princesa não repetiu as expressivas votações do passado e não conseguiu se eleger, embora, em 2019 como segundo suplente da coligação, tenha assumido por alguns meses após o deputado eleito e o primeiro suplente se licenciarem da Assembleia.
Para piorar, em maio de 2020 o ex-deputado foi condenado pela Justiça Federal a sete anos de prisão, além de pagamento de multa e reparação de dano, pelo crime de peculato. Segundo denúncia do Ministério Público Federal, Chico da Princesa recebeu indenizações sistemáticas da câmara federal com base na “contratação” de serviços fictícios entre os anos 2007 e 2010.