por Benjamim Cafalli

Mais um capítulo de um triste roteiro
O UOL, na última terça-feira, sob a absurda justificativa de corte de custos, demitiu Ricardo Kotscho, o jornalista responsável pelo “Balaio do Kotscho”, no qual eram feitas precisas análises da situação política do país. Precisas nos dois sentidos da palavra, necessárias e equilibradas.
O portal preferiu cortá-lo e manter os fúteis fofoqueiros que se esmeram em publicar profundos textos analíticos do tipo “transei na praia, entrou areia, doeu muito”; “traí minha mulher, mas foi sem querer”; “acabou a pilha do vibrador quando eu estava quase lá”.
Aqui está uma tristeza que, para a empresa, justifica a outra. Em vista de uma mediocrização que vem acontecendo de tempos para cá, esse tipo de informação dá mais retorno comercial que a da notícia séria, os acessos são muito maiores. Basta ver a classificação diária publicada no pé da página do UOL.
Essa política de demitir jornalistas tendo como base seus salários não é exclusividade do UOL, TVs e jornais impressos adotaram a prática antes.
O resultado pode ser aquilatado no “Mirando” diariamente. Os veteranos e competentes foram substituídos por pessoas que derrapam na Gramática, nela e na prosódia quando na TV. Muitos com timbres de voz desagradáveis. Neste caso, inclui-se uma repórter da Globo cuja voz alcança, no mínimo, uns 2kHz, intolerável, quando o normal para uma mulher é algo em torno dos 200Hz.
A consequência dessa política com vezo unicamente visando somente os custos, no caso não se pode falar em retorno comercial, já está apresentando os sinais previstos pelos adeptos do “quem avisa, amigo é”. Queda na venda de impressos, na audiência das TVs e recente pesquisa mostra diminuição até no número de assinantes de jornais digitais.
Agora é torcer para que saia da escuridão uma luz que mostre outro caminho para os atuais administradores e que eles enxerguem e, principalmente, VEJAM!
Quem desrespeita mais a inteligência das pessoas?
O ministro da Secom, Paulo Pimenta, o apreciador de fake news desde que a favor, ou o rei das rachadinhas, o inefável primogênito do ignaro ignóbil, 01? Atenção, atenção, eventual bozista, primogênito é quem nasce primeiro, não tem relação com parentesco.
O ministro que se acha engraçado postou um vídeo às vesperas da decisão do Copom em relação aos juros com imagens de Roberto Campos Neto, o presidente do BC, e tendo como trilha sonora um jingle parodiando “Tá na Hora do Jair Já Ir Embora”, para cobrar a queda na taxa.
Já 01 declarou que todas as tramoias apuradas de Carla Zambelli até o momento são uma tresloucada e desenfreada tentativa de atingir seu inocente “papai”. Como se fosse possível 00 ser inocente.
Quem é mais dããã?
Imagina se ele iria pedir
“Jamais, é muito honesto, impoluto, jamais faria isto. Eu é que ofereci de livre e espontânea vontade!” É nisso que o governador condutor da maior mortandade cometida pela PM desde o Massacre do Carandiru, Tarcísio de Freitas, quer que as pessoas acreditem.
Mas a realidade é outra. Bozo pediu que ele arrumasse uma boquinha – modesta, salariozinho de R$ 43 mil – para Martha Seillier, a mãe da quarta neta. A criança é filha de 02. Ela vai chefiar a InvestSP nos EUA, agência do governo paulista para fomento de negócios. Ela perdeu seu carguim no BID – Banco Interamericano de Investimentos – em Washington.
Mas a indicada é exigente, a trapacinha pode não dar certo. Acha que o salário é baixo e quer mudar a sede, tirá-la de Washington e levá-la pra Miami, lugar predileto dos coisiformes.
(CACALO KFOURI)