
Disseminação de tendências que não previnem e representam riscos às pessoas preocupam especialistas
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo, e entre suas formas, o melanoma é o subtipo mais agressivo. Apesar disso, a evolução da medicina tem transformado o prognóstico da doença, inclusive em casos mais avançados. Hoje, além de reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, especialistas destacam como as novas terapias estão proporcionando respostas duradouras aos pacientes. “Quando o assunto é tratamento sistêmico, evoluímos bastante nos últimos anos”, afirma a oncologista Noelle Wassano, da Oncoclínicas em Curitiba. “Os melanomas são tumores conceitualmente resistentes ao tratamento com quimioterapia, por isso, utilizamos outras estratégias como imunoterapia e terapia alvo”, informa.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), da estimativa de 9.690 novos registros de câncer de pele/ano no Paraná, 610 são de melanoma. A especialista explica que o câncer coloca “freios” no sistema imunológico do paciente, permitindo que as células tumorais se escondam dos mecanismos de defesa. “A imunoterapia tira esses “freios” e faz com que as células de defesa voltem a reconhecer o tumor como algo errado e passem a combatê-lo. Deste modo, quem destrói o câncer não é o remédio em si, mas o próprio sistema imunológico do paciente”, complementa.
Já a terapia-alvo tem um mecanismo de ação distinto. Noelle relata que aproximadamente 50% dos melanomas apresentam mutação no gene BRAF, responsável por controlar o crescimento celular. Quando alterado, esse gene mantém o “interruptor” de multiplicação ligado de forma contínua. “Os medicamentos de terapia-alvo agem como verdadeiros snipers: identificam especificamente essa mutação e desligam o processo descontrolado de proliferação, proporcionando respostas rápidas e controle da doença”, afirma.
Prevenção e cuidados essenciais
Enquanto os avanços terapêuticos trazem novas perspectivas, a prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz contra o melanoma e outros tipos de câncer de pele. No entanto, crescem nas redes sociais tendências de práticas que preocupam os especialistas pelos riscos que representam. Uma delas é a substituição do protetor solar por óleos e manteigas vegetais sob a justificativa de serem alternativas mais “naturais” e supostamente benéficas para a absorção de vitamina D. “As evidências científicas apontam que nenhum tipo de óleo ou manteiga é substituto confiável do protetor solar com FPS adequado”, alerta a oncologista. O uso exclusivo desses produtos não têm a capacidade de bloquear os raios UV (ultravioleta) e dá uma falsa sensação de segurança. “Suas propriedades são exclusivamente hidratantes e restauradoras da barreira da pele, o que é muito benéfico, porém não substitui a proteção solar eficaz”, acrescenta.
Outro ponto de preocupação é o bronzeamento artificial, apesar de o uso de câmaras de bronzeamento com radiação UV estar proibido pela ANVISA desde 2009, devido ao comprovado risco de desenvolvimento de câncer de pele. A oncologista afirma que o método considerado seguro envolve a utilização de loções, mousses e sprays que não utilizam a radiação UV para promover o bronzeamento e reagem apenas na camada superficial da pele.
Embora o tratamento do câncer de pele tenha evoluído, identificar a doença oncológica nos estágios iniciais continua sendo determinante para ampliar as chances de cura e reduzir a necessidade de terapêuticas mais complexas. A recomendação é ficar atento a sinais como manchas escuras novas, pintas que mudam de cor ou formato, feridas que não cicatrizam e alterações na pele que surgem sem motivo aparente. Além disso, informação, cuidado diário e acompanhamento dermatológico são fundamentais para proteger a saúde e aproveitar com segurança a exposição ao sol, característica do clima brasileiro.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co, um dos principais grupos dedicados ao tratamento do câncer no Brasil, oferece um modelo hiperespecializado e inovador voltado para toda a jornada oncológica do paciente. Presente em mais de 140 unidades em 47 cidades brasileiras, a companhia reúne um corpo clínico formado por mais de 1.700 médicos especializados na linha de cuidado do paciente oncológico. Com a missão de democratizar o acesso à oncologia de excelência, realizou cerca de 693 mil tratamentos nos últimos 12 meses. Com foco em pesquisa, tecnologia e inovação, a Oncoclínicas segue padrões internacionais de alta qualidade, integrando clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade, potencializando o tratamento com medicina de precisão e genômica. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Harvard Medical School, e mantém iniciativas globais como a Boston Lighthouse Innovation (EUA) e a participação na MedSir (Espanha). Integra ainda o índice IDIVERSA da B3, reforçando seu compromisso com a diversidade. Com o objetivo de ampliar sua missão global de vencer o câncer, a Oncoclínicas chegou à Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando sua expertise oncológica para um novo continente. Saiba mais em: www.oncoclinicas.com.



