Assessoria
Mais de 120 empregados da margem brasileira da Itaipu Binacional acompanharam, no começo da tarde da última terça-feira (19), uma palestra on-line com o tema “Parentalidade e o papel do homem no cuidado”, ministrada pelo psicanalista, escritor e educador parental Thiago Queiroz.
A palestra trouxe uma reflexão sobre o papel dos pais na sociedade e como mudar alguns estigmas que foram construídos ao longo dos anos, além de discutir sua responsabilidade no cuidado com os filhos. Segundo Queiroz, “cada criança tem uma personalidade e uma característica. Cuidar dos nossos filhos causa impactos positivos na nossa saúde mental e física e um olhar carinhoso sobre eles sempre será benéfico”.
Um dos pontos abordados pelo profissional e que faz parte da criação de grande parte da população é a figura do pai provedor. O psicanalista disse que não há nada de errado em ser o provedor, mas que os pais devem ter consciência de que, embora seja um papel importante, não é a única função do pai. O homem deve se preocupar em ser também um pai cuidador, estando presente, criando conexões, atendendo as demandas do filho e cumprindo outras funções em casa. “Um pai não deveria ajudar, ele deve ser protagonista no cuidado com os filhos”, ressaltou Queiroz.
Esse tipo de pensamento, considerando cuidar dos filhos ou qualquer outra tarefa doméstica uma espécie de “ajuda”, é equivocado e faz parte da criação das pessoas, observou o palestrante. “O cuidado não é intuitivo para o homem, porque nós enquanto sociedade criamos meninos e meninas de formas completamente diferentes. Isso fica demonstrado nos brinquedos e brincadeiras que cada um recebe quando criança.”
Para a psicóloga Denise Angelita Perez, da Itaipu Binacional, a discussão desse tema é fundamental para a saúde mental das famílias. “No exercício da parentalidade há a expressão da forma como cada pai/mãe vê a si, o mundo e o futuro, fatores que estão diretamente ligados a história de vida, especialmente a infância. Quando um homem, que até então lidava com as próprias emoções e suas relações de forma rígida e evitativa, entende o seu papel de cuidador de si e do outro, certamente desfrutará de uma vida muito mais saudável e prazerosa. E o melhor, sua família também”, afirmou Denise.
Como mudar isso?
– Mudando como criamos meninos e meninas;
– Brincando é que a criança aprende como as relações se constroem;
– Meninos e meninas também podem receber outros tipos de brinquedos;
– Apenas com a presença, com a tentativa de cuidado constante é que vamos descobrir o que cada filho(a) precisa;
– Não é porque não tivemos isso como filhos que não podemos fazer isso agora como pais;
– As interações são muito importantes para as crianças e elas acham tudo o que os pais fazem incrível;
– Seja exemplo, um pai exemplar é uma referência que pode servir como base para relacionamentos futuros;
– Os momentos com os filhos criarão memórias eternas para eles e para você também.
Uso de celulares
Um outro ponto abordado por Queiroz foi o uso de telas pelas crianças. O palestrante disse que cada família deve avaliar com cuidado a possibilidade, mas que os pais têm total responsabilidade sobre o conteúdo que será acessado, afinal a decisão de liberar, se for o caso, é dos pais.
O publicitário Rodrigo Chibiaqui, da Divisão de Imagem Institucional da Itaipu, contou já conhecer o trabalho do Thiago – seu interesse pelo tema parentalidade começou há 7 anos, quando descobriu que seria pai. “Foi um prazer imenso poder participar de uma palestra com ele. Nesse encontro virtual, ele trouxe temas muito importantes, como a individualidade de cada filho, o novo papel dos pais cuidadores e os desafios de fazer esse malabarismo com a casa, filhos, esposa, trabalho, amigos, saúde e tantas outras atividades que nos envolvemos. Mas acredito que o tema mais importante foi a reflexão sobre os pais assumirem esse papel com intensidade e gratidão, pois apesar de trabalhoso, é o melhor presente que podemos receber”, concluiu Rodrigo.
ODS
Essa ação promovida pela Itaipu está vinculada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 5 (Igualdade de Gênero).
