SALTO DO ITARARÉ
Redação Tribuna do Vale
O advogado de defesa dos acusados da morte do vereador eleito por Salto do Itararé, João Garré, alega inocência dos clientes e afirma que ambos são vítimas no caso. As declarações do advogado José Valdeci de Paula foram dadas em entrevista recente ao locutor Claret Coutinho, da Rádio Cana Verde FM, de Siqueira Campos.
Em sua fala, o defensor deixa claro que os acusados, Odair José Carvalho da Silva, o Nenê da Ambulância, e seu filho Douglas Carvalho da Silva, não possuem nenhuma ligação com o crime, que teve repercussão em âmbito nacional.
Para o advogado, ambos são também vítimas e a inocência de pai e filho será provada. Os acusados inclusive já teriam permitido a quebra de sigilo bancário e telefônico para provar a inexistência de qualquer vínculo com os homens que executaram João Garré.
“Meu cliente e a vítima eram pessoas que se conheciam, eram próximas, tinham uma relação de respeito. Ele ficou muito abalado com a morte de João Garré”, disse o advogado na entrevista.
Segundo ele, o objetivo próximo é conseguir que Nenê da Ambulância e Douglas sejam soltos para responder o processo em liberdade.
DIPLOMAÇÃO
Outro aspecto abordado pelo advogado de defesa é a posse de Nenê da Ambulância como vereador para a legislatura 2025/2028, com a diplomação prevista para acontecer na próxima semana.
José Valdeci explica que vai entrar com um pedido junto ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para garantir que Nenê da Ambulância, que é o primeiro suplente do União Brasil e portanto herdeiro da vaga de João Garré, seja diplomado para o cargo normalmente. A diferença da votação entre os dois foi de apenas quatro votos – 133 a 129.
O CRIME
João Garré foi assassinado em Santana do Itararé, município vizinho de Salto do Itararé, na madrugada de 9 de novembro, logo depois de entrar na casa de seus pais.
Um homem, que estava de tocaia, pulou o muro e entrou na residência, atirando quatro vezes contra a vítima, que morreu na hora. Um segundo elemento ficou de vigia ao lado de fora do imóvel.
A dupla que cometeu o crime, porém, morreu no mesmo dia após confronto com a PM. Imagens mostraram o carro usado no crime, que foi monitorado na viagem de volta dos criminosos para Curitiba.
Uma equipe da Rone tentou abordagem no bairro do Uberaba e os criminosos reagiram com tiros. Houve tiroteio e os dois morreram na hora.
João Garré já havia sido vice-prefeito de Salto do Itararé e pela primeira vez seria vereador. Ele deixou esposa e um casal de filhos.
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