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Humanização no tratamento de câncer é tema de debate na Itaipu

Evento promovido por diferentes áreas da empresa faz parte da programação do Outubro Rosa e do Novembro Azul

Fotos: Sara Cheida / Itaipu Binacional

“Tratar a pessoa e não a doença”. Esse foi o tom de um painel que reuniu médicos especialistas no tratamento oncológico, dentro da programação do Outubro Rosa e do Novembro Azul, da Itaipu Binacional. O objetivo foi trazer diferentes perspectivas sobre o acompanhamento integral e humanizado a pacientes em tratamento de câncer.

O evento aconteceu na noite de quinta-feira (17), no Centro de Recepção dos Visitantes (CRV) da Itaipu, e foi direcionado a empregados(as) da Itaipu e das fundações, a praticantes do Dragon Boat – projeto social apoiado por Itaipu junto ao Instituto Meninos do Lago, e comunidade em geral.

A promoção é do Comitê de Gênero, Raça, Diversidade e Inclusão da Itaipu em parceria com a Assessoria de Responsabilidade Social, o Programa Reviver e o RH da Binacional. O Outubro Rosa marca o mês de conscientização sobre o câncer de mama e o Novembro Azul prevê o combate ao câncer de próstata.

Participaram do painel o médico especializado em mastologia Dr. Pedro Franco, a fisioterapeuta especializada em oncologia Dra. Michele Delazari e a nutricionista clínica e oncológica Dra. Luciana Abreu Teixeira.
A mediação foi da gerente da Divisão de Iniciativas de Responsabilidade Social da Itaipu, a jornalista Luciany Franco, estudante de psico-oncologia e gestora do projeto que engloba a equipe de remadoras do Dragon Boat. O diretor jurídico da Itaipu, Luiz Fernando Delazari, prestigiou o encontro.

Para a coordenadora do Comitê de Gênero, Raça, Diversidade e Inclusão da Itaipu, Jéssica Maris da Rocha Maciel, o evento representa a democratização do conhecimento para a sociedade, como ação de responsabilidade social de Itaipu em sua área de influência. “Este painel significa uma vivência prática da missão da Itaipu”, resumiu.

O diretor-superintendente da Fundação Itaiguapy, responsável pela gestão do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, Gilmar de Oliveira, acredita que mais do que investimento em equipamentos, o importante é que o hospital tenha profissionais preparados. “Podemos adquirir conhecimento e saber como cada um de nós, profissionais ou não da área da saúde, podemos contribuir com a assistência aos pacientes oncológicos”, afirmou.

Tratamento humanizado

Os painelistas debateram sobre como o tratamento oncológico não pode deixar de lado as pessoas, com suas singularidades e demandas. Para a fisioterapeuta Michele Delazari, o tratamento humanizado não deve ser exceção, porque “não estamos tratando uma doença, um sintoma, mas estamos tratando uma pessoa”.

Ela entende que o tratamento não pode interromper a rotina da mulher acometida pelo câncer de mama. “Essa mulher está numa fase produtiva, tem trabalho, filhos. Ela não vai parar a vida para fazer o tratamento, ele precisa se adequar à rotina da mulher”, afirmou. A fisioterapia, segundo ela, tem a função de amenizar os efeitos colaterais do tratamento para a mulher poder continuar sua rotina.

Em relação à nutrição, é necessário “ensinar à mulher se autoconhecer”, defende Lúcia Abreu. “O acolhimento nutricional vai ajudar nesse conhecimento. Qual é o estilo de vida? O que ela precisa? Cada mulher é diferente, as vezes ela é sozinha ou é provedora de uma casa. É preciso nutrir o lar também”, considerou.

Para Pedro Franco, o desafio é passar uma mensagem de esperança às pacientes, sendo honesto e otimista sobre o tratamento. “Quando preciso dar uma notícia ruim, não precisa pintar um quadro de terror. Vai existir um caminho e ele provavelmente não vai ser fácil, mas precisamos transmitir uma mensagem de esperança para que ela consiga passar por aquele processo de uma maneira mais tranquila.”

Os especialistas falaram sobre os fatores de risco para os diversos tipos de câncer, incluindo a alimentação – “descasque mais e desembrulhe menos”, resumiu Lúcia – e práticas saudáveis, como os exercícios físicos – “pelo menos 150 minutos semanais de atividades físicas”, complementou Michele.

“Acho que nós temos que ser intencionais em tudo que a gente faz na vida, na alimentação, nos relacionamentos, nos exercícios, nas escolhas do trabalho. A gente precisa ser intencional e reflexivo, porque senão a vida vai te levando, e cada dia a vida te levou e você fez muitas coisas que você não tinha intenção de fazer”, concluiu Pedro.

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