Três atividades se destacam, mas transportes e informação e comunicação recuam

Da Redação com IBGE
Em novembro, o volume de serviços no Brasil apresentou uma variação positiva de 0,4%, interrompendo uma sequência de três meses de queda, onde o setor acumulou uma perda de 2,2%. Três das cinco atividades analisadas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) tiveram avanços: “outros serviços” (3,6%), “profissionais, administrativos e complementares” (1,0%) e “serviços prestados às famílias” (2,2%). Os dados foram divulgados pelo IBGE em 16 de janeiro.
Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, destaca que apesar das últimas três taxas negativas, o setor está 10,8% acima do patamar pré-pandemia. O setor de serviços ainda opera 2,6% abaixo do ponto mais alto atingido em dezembro de 2022.
O setor foi impulsionado pelo segmento de “outros serviços” (3,6%), influenciado pelos serviços financeiros auxiliares, especialmente pelas receitas das empresas de dinheiro digital. Os serviços profissionais (1,0%) tiveram destaque nas atividades jurídicas e empresas de cartões de desconto. Os serviços prestados às famílias (2,2%) se recuperaram, impulsionados pelo aumento em alojamento, alimentação e espetáculos teatrais e musicais.
No entanto, as atividades de maior peso no setor ficaram no campo negativo. O volume dos transportes recuou 1,0%, destacando-se o transporte aéreo com queda de 16,1% devido ao aumento nos preços das passagens. Os serviços de informação e comunicação, representando cerca de 23% do setor, variaram -0,1%, influenciados pela queda de 3,2% no segmento de telecomunicações.
Apenas 12 unidades da Federação tiveram resultado positivo em novembro, com São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul liderando. No comparativo com novembro de 2022, o setor de serviços variou -0,3%, com destaque negativo para transportes (-3,7%) e informação e comunicação (-0,4%).
Até novembro de 2023, o setor acumula alta de 2,7%, mas no acumulado em 12 meses, houve desaceleração de 3,6% para 3,0%. As atividades turísticas recuaram 2,4% em novembro, com destaque negativo para São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Ceará.
Apesar da queda nas atividades turísticas nos últimos dois meses, o turismo ainda está 2,2% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 5,0% abaixo do pico em fevereiro de 2014.
A pesquisa do IBGE acompanha o comportamento do setor de serviços, excluindo saúde e educação, em empresas formais com 20 ou mais pessoas ocupadas. Os resultados, disponíveis no Sidra, refletem mudanças econômicas e são divulgados periodicamente pelo IBGE. A próxima divulgação, referente a dezembro de 2023, está programada para 9 de fevereiro de 2024.