SAÚDE
Da Assessoria – Foto: Gabriel Miguel e Arquivo pessoal (Equipe Glicodata)
Professores e alunos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) registraram um aplicativo de celular que auxilia no controle de diabetes. O Glicodata, criado por estudantes e professores de Medicina, Engenharia de Computação e Departamento de Saúde Pública conquistou, em 20 de agosto, o certificado de registro pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
Glicodata
Desenvolvido ao longo de dois anos e lançado em 2023, o Glicodata foi criado para calcular o risco de desenvolver diabetes de acordo com as características do usuário. A avaliação é feita por meio de questionário, utilizando a metodologia Audrisk, do governo da Austrália, para mensurar o risco de diabetes de acordo com o gênero, renda, faixa etária, rotinas, histórico familiar e hábitos de consumo do indivíduo para, ao final, estimar sobre a probabilidade de desenvolver a condição.
A Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi) da UEPG é o órgão responsável por submeter a tecnologia ao Inpi. O diretor da Agipi, professor Albino Szesz, explica que o processo inicia com a análise da aplicabilidade industrial e potencial de mercado da invenção e, após a aprovação junto ao Inpi, é garantida a proteção e exploração comercial da tecnologia por até 20 anos.
“O registro de software irá garantir a proteção da tecnologia do Glicodata, impulsionando o avanço tecnológico para a área e permitindo a integração da UEPG com a indústria e a sociedade”, celebra.
Em funcionamento
O Glicodata está em funcionamento desde o ano passado e sua aplicação é feita por meio de autoavaliação, com acompanhamento de profissionais e estudantes da área da Saúde. Mais de 300 pessoas já consultaram o aplicativo desde seu lançamento, em eventos e instituições de Saúde onde ele foi apresentado. As informações depositadas pelos pacientes são computadas em um banco de dados, que será utilizado em futuras pesquisas.
PROJETO
O projeto é uma ação extensionista desenvolvida em parceria entre os cursos. O aplicativo foi desenvolvido pelo projeto de extensão “Museu da Computação” do curso de Engenharia de Computação, pelos estudantes Caroline Heloíse de Oliveira e Davi Costa Ferreira, sob coordenação da professora Diolete Cerutti. O conteúdo da plataforma foi elaborado pela acadêmica Suelen Queiroz,de Medicina, sob coordenação do professor Erildo Vicente Muller, chefe do Departamento de Saúde Pública da Universidade.
Oportunidade
A professora Diolete Cerutti destaca que o projeto foi uma grande oportunidade de aprendizado aos estudantes de Engenharia de Computação. “Desenvolver produtos visando atender demandas em diferentes áreas é sempre enriquecedor, e o projeto permitiu que os alunos desenvolvessem a ferramenta para solucionar um problema real”, afirma.
Ela ressalta que o envolvimento de vários professores e alunos foi muito importante para aprimorar conhecimentos, tanto na área da computação quanto para a Saúde e exalta a importância do título de propriedade intelectual conquistado pela equipe.