PARANÁ
As telas assinadas por Itamar Crispim, funcionário da Fiocruz Paraná, permanecem em cartaz no Espaço Cultural até o dia 13 de setembro.
Nádia Fontana
Uma fusão única entre arte e ciência é revelada pela exposição “A Ciência caiu na tinta”, do artista plástico Itamar Crispim, que celebra os 25 anos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no estado, e foi aberta nesta segunda-feira (02), na Assembleia Legislativa do Paraná. Proposta pelo deputado Fabio Oliveira (Podemos), a mostra destaca a importância da instituição na divulgação científica, provocando a aproximação da ciência com o cidadão.
Promoção da Cultura
O parlamentar, que é presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, destacou a importância da Casa de Leis promover a cultura, abrindo espaço para os artistas locais. “Receber essa exposição é uma forma de reconhecer e enaltecer o trabalho fundamental que a Fiocruz desenvolve em nosso estado há 25 anos”, disse. Fabio Oliveira falou ainda da excelência e inovação demonstradas pelo artista plástico, que é funcionário da instituição, e através de suas obras procura inspirar reflexões, promover contemplações artísticas e oferecer momentos lúdicos de interação e leitura. O deputado enalteceu ainda o trabalho desenvolvido pela instituição, classificando-o de essencial para a saúde dos brasileiros.
Criatividade e ciência
Baseada em imagens microscópicas, as telas do fotógrafo Itamar Crispim, unem ciência e criatividade, com a intenção de popularizar o conhecimento científico e ressaltar sua relevância na sociedade. Autor e curador da exposição, Crispim falou com entusiasmo sobre a inspiração das pinceladas coloridas que deram origem as telas expostas no espaço. Explicou que suas obras retratam a ciência e a vida vista pelos microscópios através de uma leitura plástica. O que se vê é uma explosão de cores, repletas de pinceladas de tintas com cores fortes, que parecem pulsar nas telas. Em algumas delas, materiais artísticos inusitados foram inseridos, estimulando a aproximação do universo científico com o olhar curioso dos visitantes. Os quadros despertam a atenção do público, justamente, por representarem um trabalho inovador, que explora a interseção da cultura com a ciência. Com mais de 35 anos de serviço na área de pesquisa científica, ele está há 16 anos lotado na unidade do Paraná, onde continua atuando como fotógrafo e designer. Natural do Rio de Janeiro, é graduado em Programação Visual pela UniverCidade (RJ) e pós-graduado em Fotografia e Educação em Artes pela UNIFESP.
Mostra é aberta ao público
Aberta ao público até o dia 13 de setembro, a exposição “A Ciência caiu na tinta”, oferece uma oportunidade única para o público apreciar a beleza das descobertas científicas através de uma lente artística. A cerimônia de abertura, que acontece no Espaço Cultural, e pode ser visitada – gratuitamente – de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, reuniu amigos, familiares, convidados e autoridades, entre eles, Maria das Graças Roja Soto, vice-diretora de ensino, informação e comunicação do Instituto Carlos Chagas – Fiocruz Paraná, que representou a diretoria da entidade. Depois de Curitiba, as telas de Itamar Crispim serão expostas em Guarapuava, no Instituto de Pesquisa do Câncer, a partir do dia 19. Réplicas das obras podem ser conferidas na Galeria Carlos Chagas, que funciona no prédio da unidade da Fiocruz, em Curitiba.
Foto ALEP ARTE