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Focos de incêndio alteram a qualidade do ar, mas índice segue aceitável

Os múltiplos focos de incêndio registrados no País nos últimos dias impactaram diretamente na qualidade do ar no Paraná

PARANÁ

Apesar das queimadas, qualidade do ar se mantém em níveis aceitáveis no Paraná.

AEN

Os incêndios florestais dos últimos dias alteraram os níveis de Partículas Inaláveis e Respiráveis do ar no Estado, causando uma elevação acima da média dos poluentes em cidades como Curitiba, Maringá e Londrina. As informações foram coletadas pelas 11 estações implementadas pelo Instituto Água e Terra.

Os múltiplos focos de incêndio registrados no País nos últimos dias impactaram diretamente na qualidade do ar no Paraná. Mas, ainda assim, os índices ainda se mantêm em um nível aceitável em razão de diferentes ações coordenadas pela equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do Instituto Água e Terra (IAT). O setor, em fase de expansão, analisa atualmente informações coletadas por 11 estações espalhadas pelo Estado.

Partículas

Dados monitorados desde a última sexta-feira (16), período em que as ocorrências se intensificaram, revelam que o nível de partículas no ar sofreu uma elevação acima da média. Na região de Curitiba, onde foram registradas as maiores médias diárias de poluentes, o número de Partículas Inaláveis (MP10) chegou a 106,42 μg/m³, enquanto as Partículas Respiráveis (MP2,5) atingiram 57,83 μg/m³ (padrão de qualidade do ar).

IAT

Antes das queimadas, de acordo com a série histórica levantada pelo IAT, a média diária de MP10 ficava na faixa entre 10,3 μg/m³ e 52,38 μg/m³ na cidade, enquanto as médias de MP 2,5 se mantinham entre 3,31 μg/m³ e 24,67 μg/m³.

 

Apesar do aumento, os valores ainda estão na faixa de regularidade dos padrões do Índice de Qualidade do Ar (IQA) da Resolução Conama nº 491/18, definidos pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente e usados como referência pela equipe do IAT. Para o MP10, um valor até 120 μg/m³ é considerado regular, enquanto que para a MP2,5 um número até 60 μg/m³ é o máximo aceitável. No entanto, o Instituto permanece vigilante para tomar providências caso a situação se agrave.

Monitoramento

“O Paraná é um dos estados pioneiros no monitoramento da qualidade do ar, e nós temos um histórico detalhado no Estado, o que permite a identificação clara de situações anormais como a causada pelas queimadas”, explica o agente de execução e membro da equipe de Gerenciamento da Qualidade do Ar do IAT, João Carlos de Oliveira.

Ele acrescenta que as chuvas que estão previstas para o próximo fim de semana também irão ajudar a reverter esse quadro. “A chuva ajuda a remover essas partículas da atmosfera, o que diminui a quantidade de poluentes e melhora a qualidade do ar”, aponta ele.

Tipos de Poluentes

Além dos dois índices, as estações do IAT também coletam dados de outros tipos de poluentes, como Partículas Totais em Suspensão (PTS), Dióxido de Enxofre (SO2), Monóxido de Carbono (CO), Ozônio (O3) e Dióxido de nitrogênio (NO2).

 

NOVAS ESTAÇÕES

As 11 estações existentes coletam e enviam dados de forma automática ao IAT. Elas são instaladas em locais com alta concentração de poluentes, como indústrias ou áreas com grande fluxo de carros, em Curitiba (2), Cascavel, Araucária (3), Paranaguá, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e São Mateus do Sul.

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