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Prefeito de Cambará decreta Estado de Emergência por causa da Dengue

 “Estamos fazendo tudo o que podemos, mas o combate à dengue é uma guerra coletiva. Não podemos vencer sozinhos”, afirmou o prefeito Walcir Joaquim

DENGUE

FOTO Roberto Francisquini – Circulando Aqui

Carlos Roberto Francisquini Fonte: Da redação do Circulando Aqui

Cambará, localizada no Norte Pioneiro do Paraná, enfrenta uma grave crise sanitária. A cidade está dominada pela epidemia de dengue. Com mais de 1.400 casos prováveis registrados, segundo a última atualização, o município vive um cenário de caos, onde a pressão sobre o sistema de saúde é enorme, e a população, em muitos casos, não parece disposta a colaborar.

O Hospital Municipal de Cambará está abarrotado. As unidades de emergência estão saturadas, e os profissionais de saúde lutam contra o tempo e a falta de recursos para atender à crescente demanda de pacientes. Mesmo diante de uma situação alarmante, a resposta da população ainda é tímida. A Prefeitura, que já decretou estado de emergência, está fazendo o possível para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, mas a limpeza de quintais e terrenos baldios, principais focos de proliferação, está aquém do necessário.

Prefeito

O prefeito Walcir Joaquim (PSD), que está enfrentando sua primeira grande crise sanitária desde que assumiu o cargo, se viu em uma posição difícil. Em uma tentativa de amenizar os efeitos da epidemia, o alcaide decretou estado de emergência e criou uma unidade sentinela para atender exclusivamente os casos de dengue. A medida busca dar respostas rápidas, mas, como afirmou Leise Ferraz, do setor de epidemiologia municipal, “se a população não colaborar, não vai resolver”.

Unidade Sentinela

Agentes de Endemia local não medem esforços no front de batalha contra o mosquito – Fotos: Carlos Roberto Francisquini/Arquivo Jornal Circulando

O prefeito, ciente das limitações da administração local, está em Curitiba buscando recursos financeiros para combater a doença e garantir medicamentos e insumos para o atendimento adequado. Em suas declarações, Walcir Joaquim fez um apelo emocionado à população, pedindo ajuda na eliminação dos focos do mosquito transmissor da dengue.

População tem que colaborar

Porém, um dos maiores desafios não está apenas na falta de estrutura da Prefeitura, mas na resistência de parte da população em colaborar. Denúncias apontam que muitos moradores continuam acumulando lixo e objetos que servem de criadouros para o mosquito. A falta de conscientização e o desinteresse por medidas simples, como a eliminação de focos de água parada, são apontados como grandes obstáculos para o controle da epidemia.

“A população precisa entender que a solução para esse problema não está apenas nas mãos da Prefeitura, mas em cada um de nós. A nossa cidade precisa da colaboração de todos, ou não vamos conseguir vencer esse surto de dengue”, afirmou Leise Ferraz.

Falta comprometimento

A falta de comprometimento de uma parte da população gera uma sensação de frustração nas autoridades municipais, que se veem desbordadas pela gravidade da situação. O prefeito Walcir Joaquim, em mais um apelo, destacou a importância de a população trabalhar junto com as autoridades para combater a doença e evitar que vidas sejam perdidas.

“Estamos fazendo tudo o que podemos, mas o combate à dengue é uma guerra coletiva. Não podemos vencer sozinhos”, afirmou o prefeito.

Crítico

O cenário em Cambará continua crítico. A batalha contra a dengue não se limita a ações emergenciais, mas exige um esforço contínuo de educação e mobilização social. As autoridades municipais, já sobrecarregadas, esperam que a população mude seu comportamento e se una ao esforço para erradicar os focos do mosquito.

O resultado dessa guerra ainda está por ser definido, mas, por enquanto, a dengue segue vencendo em Cambará.

Foto Agentes

 Crédito  – Agentes de Endemia local não medem esforços no front de batalha contra o mosquito – Fotos: Carlos Roberto Francisquini/Arquivo Jornal Circulando

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