Conjunto João Furtado está abandonado há quase 10 anos e virou pesadelo para os 50 beneficiários
Da Redação
Os beneficiários das 50 casas populares que deveriam compor o Conjunto Habitacional João Furtado, cujo obras estão abandonadas há quase 10 anos, seguem sem ter respostas sobre quando ou qual será o desfecho da situação.
Em reportagem publicada em janeiro de 2020 os “donos” dos imóveis reclamam da falta de diálogo com a prefeitura de Santo Antônio da Platina e da consequente falta de informações, além dor de cabeça que a história tem causado.
Com a mudança de governo e a reabilitação do programa Minha Casa Minha Vida, criado na primeira gestão do governo Lula, o Município de Santo Antônio da Platina corre o risco de ficar de fora dos novos investimentos por conta do abandono do Conjunto João Furta.
A imagem de abandono do conjunto causa desespero nos beneficiários das moradias e envergonha a comunidade como um todo, já que se sabe dos dramas causados pela falta de moradias na cidade.
As casas começaram a ser construídas em 2012 e com previsão de entrega para o ano seguinte. Entretanto, a empreiteira que venceu a licitação para construir as unidades habitacionais acabou abandonando as obras, que não têm sequer infraestrutura básica.
Algumas portas e janelas que chegaram a ser instaladas na época foram furtadas. Os imóveis vêm sofrendo com a vandalização. Paredes que foram erguidas já sofrem com a ação do tempo e de vândalos. Não há telhados ou sistemas de saneamento básico ou energia elétrica.
“Eu já podia estar morando na minha casa há quantos anos, mas continuo pagando aluguel, sofrendo todo mês sendo que a casa que era para ser minha está lá, abandonada, e eu não posso nem terminar por minha conta. É um absurdo, só acontece com pobre, porque se fosse obra para rico já tinha terminado”, desabafa outra moradora.
Luz no fim do túnel
Com a posse do novo governo federal, ressurgem as esperanças dos mutuários das casas abandonadas com a possibilidade de retomada das obras. O assessor do deputado federal Zeca Dirceu (PT), Valter Pereira, estará em Brasília nos próximos dias e levará esta demanda ao parlamentar, que está conseguindo destravar vários convênios paralisados na região. “É uma questão de humanidade e vamos lutar para resolver este problema”, assinalou Valter.