Empresa que prestava serviços recebeu repasse da Funeas, mas deu o calote nos trabalhadores
Da Redação
Cerca de 40 funcionários da prestadora de serviços Alfa Resgate, que era credenciada pela FUNEAS – Fundação Estatal de Atenção em Saúde Pública do Paraná, vinculada à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), estão sendo obrigados a recorrer à Justiça do Trabalho para receber seus direitos trabalhistas.
Entre esses funcionários estão enfermeiros, técnicos em enfermagem e outros profissionais que faziam parte da equipe da Alfa Resgate, empresa que fornecia a mão-de-obra que atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Regional do Norte Pioneiro (HRNP) sediado em Santo Antônio da Platina.
Segundo o presidente da Funeas, Marcello Machado a Alfa foi descredenciada como prestadora de serviços porque vinha causando vários problemas que culminou com a não renovação do contrato. Apenas seis profissionais não migraram para a nova empresa, a SMB, que absorveu os trabalhadores, mas até agora as contratações não foram legalizadas porque não foram desligados da antecessora.
Revolta
O que está causando revolta em alguns funcionários que procuraram a Tribuna do Vale é que a Funeas, segundo eles, poderia ter evitado esses problemas caso tivesse feito o pagamento diretamente para os funcionários. Parte desses valores, relativo aos salários do mês de fevereiro foi depositado diretamente nas contas deles, mas o restante, férias, 13º, multas, oito dias remanescentes de março, entre outros, foi repassado diretamente para a Alfa, cujos controladores simplesmente teriam desaparecido.
“Revoltante é que temos que contratar advogado, a quem teremos de pagar 30% de nossos direitos trabalhistas. Vamos tirar parte de um dinheiro que é nosso. Outra questão grave é que esta conta vai acabar sendo paga pela Funeas, que é devedor solidário. Trata-se de dinheiro público, do importo pago pelo paranaenses”, desabafou uma funcionária inconformada.
