BR-153
Lombada na cabeceira da ponte pode ter contribuído para o acidente
Luiz Guilherme Bannwart – Portal Tá No Site
Uma carreta caiu no viaduto do Ubá, na BR-153, entre Santo Antônio da Platina/PR e Jacarezinho/PR. O acidente aconteceu na manhã deste sábado (7) e mobiliza várias equipes de resgate.
O veículo arrancou a estrutura lateral de concreto que serve como proteção em casos de acidente, e despencou da ponte. Equipes de socorristas da Econorte e do Corpo de Bombeiros tentam localizar o motorista, que pode ter sido projeto da cabine e deve estar sob a estrutura da carreta.
O trânsito na rodovia flui normalmente nos dois sentidos, mas pode haver interdição a qualquer momento para utilização de guincho no trabalho dos socorristas.
Lombadas
As causas do acidente ainda são desconhecidas pelas autoridades e serão investigadas, no entanto, segundo alguns motoristas, uma das lombadas implantadas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte) nas cabeceiras da ponte para reduziu a velocidade dos veículos no local pode ter contribuído para a tragédia.
Ouvido pela reportagem do Portal Tá No Site em novembro, o proprietário da Autoescola Preferencial de Santo Antônio da Platina, Ivonei Clauer Bozi, ex-presidente do Conselho Municipal de Trânsito e formado em Educação e Gestão de Transito pela PUC de Curitiba, citou a Resolução número 600 de 24 de Maio de 2016 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para alertar que as lombadas naquele trecho da rodovia são irregulares.
De acordo com o Contran, no caso de rodovias, as lombadas, ou ondulações transversais, são aceitas somente em determinadas situações, como, por exemplo, se elas forem instaladas em trechos urbanos das rodovias, o que não é o caso da Ponte do Ubá.
Segundo Ivonei, a instalação de lombadas em plena rodovia só seria viável como última opção, e mesmo assim seguindo regras importantes para evitar acidentes, como “não colocar em local onde há curva, que dificulte a sua visualização, e também não usá-las em declividades”. Ou seja, as duas situações se encaixam exatamente na localização da ponte, que fica em um declive acentuado, que termina em uma curva. Também há uma questão relacionada ao comprimento e altura das ondulações, para garantir a segurança dos veículos.