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Projeto Bonetizando aproxima indústria e educação e fortalece identidade produtiva no norte do Paraná

Assessoria FIEP

Com o propósito de unir educação, cultura e desenvolvimento industrial, teve início nesta semana a segunda edição do projeto “Bonetizando: de Apucarana para o mundo”. A ação é uma realização conjunta do Arranjo Produtivo Local de Bonés, Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale), Prefeitura de Apucarana e Autarquia de Educação, com apoio do Sebrae, Fiep, UNESPAR Apucarana, FAP Apucarana e UTFPR.

A iniciativa leva estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental da rede municipal para atividades pedagógicas sobre a história e economia da cidade, com visitas ao Monumento ao Boné e a indústrias locais, onde podem acompanhar de perto todas as etapas de produção, do corte ao acabamento. A ideia é não apenas reforçar a identidade produtiva de Apucarana — reconhecida nacionalmente como a “Capital Nacional do Boné” — mas também despertar nos alunos o sentimento de pertencimento ao setor que movimenta a economia e gera milhares de empregos.

“A expectativa para este ano é muito alta. O envolvimento da Autarquia de Educação, dos professores e da equipe pedagógica tem sido essencial para fazer com que os alunos compreendam a importância do nosso setor. Essa união entre o poder público e as indústrias fortalece ainda mais o polo produtivo de Apucarana”, afirmou Elizabete Ardigo, presidente do Sivale e diretora da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). “A Fiep reconhece o Bonetizando como uma forma concreta de aproximar a indústria dos futuros profissionais e da cultura local. É um exemplo que pode ser replicado em outros segmentos para despertar nos jovens o interesse pelo setor produtivo”, complementou.

O projeto também tem um caráter formativo a longo prazo. Segundo ela, ao visitar uma indústria aos oito ou nove anos, a criança começa a compreender como se transforma matéria-prima em produto final e pode visualizar seu futuro naquele ambiente. “Esse aluno, quando tiver 16 anos, pode voltar como estagiário. Com mais dois anos, estará pronto para o mercado, com sua carteira assinada e seu primeiro salário. Isso é conquistar o próprio dinheiro e sonhar com um futuro dentro da indústria.”

Outro aspecto é o fortalecimento do sentimento de pertencimento. “Ao ver onde o pai ou outro parente trabalha, o aluno entende o esforço por trás do sustento da família. Ele começa a valorizar o trabalho e percebe que há um espaço legítimo para ele naquele universo”, completa.

Além das visitas, o projeto envolve um concurso de desenhos que traduzem o aprendizado dos alunos. O trabalho vencedor será estampado em bonés e, a partir desta edição, também ilustrará a agenda escolar dos estudantes em 2026 — novidade anunciada pela secretária municipal de Educação, Ana Paula do Carmo Donato.

Instituído por lei municipal sancionada em março, o Bonetizando agora é política pública permanente em Apucarana. A proposta, segundo os organizadores, é que o projeto se torne um modelo de como perpetuar vocações industriais locais, promovendo orgulho e continuidade entre gerações.

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