Redação Tribuna
O clima está bastante tenso entre os profissionais da Educação do Paraná, diante da greve geral anunciada para começar na próxima segunda-feira, dia 3 de junho.
Cerca de quatro mil professores, aprovaram a paralisação em assembleia da categoria, que é coordenada pela APP-Sindicato
O slogan do protesto é: “a greve é legal: não venda a minha escola”.
Vale destacar que a greve é um direito social, conforme disposto no Art. 9º da Constituição Federal de 1988, segundo o qual “é assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”.
A ex-presidente da APP-Sindicato, hoje ocupando a função de Secretária de Assuntos Jurídicos, Marlei Fernandes, disse na terça-feira, dia 28, que “a pressão e o assédio nas escolas começaram. Depois da deliberação da categoria em assembleia coletivamente, sobre a deflagração de greve a partir do dia três de junho, a Secretaria Estadual de Educação do Paraná, através dos Núcleos Regionais de Educação (NREs) já fizeram reuniões, estão orientando os grupos de forma descarada, de que enviará as faltas aos Quadros Próprios do Magistérios (QPMs) e que farão a rescisão do contrato dos professores do Processo Seletivo Simplificado (PSS)”, contou a sindicalista.
Greve legal – Marlei Fernandes afirmou que “a categoria está em greve e o que o protesto é legal. “A greve é um direito constitucional previsto nos artigos 9º e 37º da Constituição Federal e reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Não é possível que nós já estejamos sobre esse intenso ataque. A greve dos trabalhadores da Educação é legítima”, disse acrescentando: “ Ela foi convocada pela APP-Sindicato. Foi deliberada em sua ampla maioria e nós já notificamos o Governo do Estado do Paraná. Temos prazo para isso e esse ofício já foi protocolado na Casa Civil. Todo e qualquer outro debate já passa por assédio. A greve é legal”, repetiu.
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Canal de denúncia
Quanto a pressão que os professores têm recebido por fazerem greve, segundo ela, como forma de intimidação, enfatizou: “vamos fazê-la, lutar por isso nos espaços onde tivermos que fazer e vamos abrir um canal de denúncia aqui na APP-Sindicato juridico@app.com.br, ou mesmo pelo nosso WhatsApp: (41) 2170-2500. Todos nós podemos e devemos fazer a greve”, conclamou.