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POLÊMICA
SAMU dispensa metade da equipe de Santo Antônio da Platina

Dos oito funcionários que atuavam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência quatro foram demitidos

Gladys Santoro – Tá No Site

A redação do Portal Tá No Site tem recebido nos últimos dias denúncias de demissão de funcionários que atendem em várias áreas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU – em Santo Antônio da Platina/PR. Ao todo, segundo as reclamações, seis trabalhadores de um total de oito já foram desligados. A empresa EZCO Saúde, que está há 60 dias substituindo a antiga administradora do Serviço no Norte Pioneiro, a OZZ, em caráter emergencial, confirma quatro desligamentos e a manutenção de dois técnicos de enfermagem e dois condutores. Ou seja, o Samu está trabalhando com a metade de seus colaboradores.

De acordo com as denúncias, o “desmanche” prejudica o atendimento à população e ainda deixa um rastro de desemprego na área. Além disso, os que ficaram estão receosos de serem os próximos a perder o emprego. “Além do serviço ficar comprometido pelo número reduzido de funcionários, ainda há toda a questão social dessa medida. São pessoas que perderam suas vagas do dia para a noite. Essa empresa quando assumiu em caráter emergencial, em maio deste ano, declarou que os funcionários poderiam ficar tranquilos que não haveria demissões”, dizem os denunciantes, que preferem ficar no anonimato.

Eles também relatam problemas financeiros que os demitidos enfrentarão até que possam encontrar outra ocupação e lembram que a gestora anterior, a OZZ, vinha atrasando os pagamentos desde janeiro deste ano e não cumprindo com reajustes salariais obrigatórios.

Outro lado

O coordenador geral de Contrato da nova administradora do Samu no Norte Pioneiro, a empresa Ezco Saúde, Alexandre Monteiro contestou o número de demissões dizendo que de uma equipe de oito, quatro foram desligados e os outros quatro que permaneceram – dois técnicos de enfermagem e dois motoristas – estão escalados de maneira a não comprometer o atendimento à população até que novos “colaboradores”, sejam contratados.
Monteiro também contesta a palavra “demissão”, já que os funcionários que foram desligados estavam em período de experiência, portanto, eles ainda não eram contratados da Ezco. “Toda empresa adota esse tipo de contrato com período de experiência exatamente para poder avaliar o desempenho do trabalhador. Se não se encaixar nos critérios exigidos, ele não terá seu contrato efetivado”, explicou.

O coordenador também esclareceu que há um processo seletivo em andamento e também cadastro reserva. As “demissões” ocorreram apenas na base de Santo Antônio da Platina.

Benefícios – Segundo Alexandre Monteiro, a Ezco está atuando firmemente na questão salarial dos empregados. “A empresa anterior deixou uma defasagem de dois anos referente a reajustes salariais. Agora, já atualizamos esses valores, assim como aumentamos em 25% o Vale Alimentação. Os pagamentos estão em dia. Desta forma, estamos trabalhando para atenuar todos os problemas que eles enfrentaram com salários atrasados e defasagens. Essa é uma de nossas maiores preocupações”, afirmou salientando que apenas o passivo da empresa anterior não foi acertado. “Isso não podemos fazer. A OZZ vai ter que arcar com as dívidas dela”, concluiu.

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