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Capal: projeto de cooperativaescolar é lançado em Arapoti

Iniciativa local conta com apoio do Sescoop/PR que atua como parceira do empreendimento

Imprensa Capal

Estudantes do Colégio Colônia Holandesa, de Arapoti, na região paranaense dos Campos Gerais, conheceram uma forma diferenciada de se organizar econômica e socialmente, que pode proporcionar grandes aprendizados. Trata-se do projeto de implantação de uma cooperativa escolar que foi apresentado aos alunos, na manhã dessa quarta-feira (16/08). A iniciativa é da Cooperativa Capal, que está sendo implementada em parceria com a instituição de ensino e com o apoio do Sistema Ocepar, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/PR).

“Esse projeto é muito importante para a nossa escola e para os nossos alunos pois desenvolve várias competências e habilidades nas áreas de comunicação, finanças, empreendedorismo e liderança. Acreditamos que o trabalho em equipe, as discussões, o enfrentamento de desafios e de situações-problema desenvolvem os nossos alunos em todas as suas competências, formando um aluno integral, que o que nós esperamos enquanto escola e educadores”, afirmou a diretora do Colégio Colônia Holandesa, Ana Luisa Klas.

Convidados – Para facilitar o entendimento dos estudantes sobre como funciona uma cooperativa escolar, foram convidados a participar do evento representantes de duas cooperativas escolares mantidas com o apoio da Cooperativa Castrolanda, em Castro: a CoopEECC – Cooperativa Escolar da Escola Evangélica da Comunidade de Castrolanda, fundada em 2018 e que possui 91 associados, e a Coopem – Cooperativa Escolar do Colégio Emília Erichsen, fundada em 2022, atualmente com 110 cooperados.

“Nós nos preocupamos com as nossas coisas. Nós cuidamos da nossa gente, por isso vocês estão sendo convidados a fazer parte de uma cooperativa escolar. Aqui estão os futuros presidentes das cooperativas, os futuros conselheiros, os futuros cooperados. Aqui está o futuro do Paraná. O Paraná é cooperativismo. Contem com o nosso apoio em tudo que vocês precisarem. Nós estamos buscando deixar o caminho mais fácil de ser trilhado. Dessa forma, esperamos cumprir a nossa missão. Parabéns à Capal e à Castrolanda. É tão bonito ver os irmãos dos Campos Gerais de mãos dadas, com um apoiando o outro. Muito linda essa vivência de intercooperação”, disse a coordenadora de Cooperativismo do Sescoop/PR, Eliane Goulart, que participou do evento no Colégio Colônia Holandesa, juntamente com a analista Sandra Schmidt.

Origem – De acordo com a analista de Gestão de Pessoas da Cooperativa Capal, Aline Brizola, a ideia de implantar o projeto surgiu há dois anos, mas só foi retomada no início deste ano, a pedido do presidente da cooperativa, Erik Bosch, que a convidou para conduzir os trabalhos. “Então, eu fui conhecer mais sobre a cooperativa escolar. Trocamos algumas ideias com o pessoal da Frísia e da Castrolanda, que já trabalham com as cooperativas escolares. Está sendo muito legal tocar esse projeto. Nós tivemos o apoio muito grande da escola que, desde o início, já tinha recebido nossa proposta de braços abertos pois vem ao encontro com os valores e objetivos dela”, afirmou.

Sescoop/PR e sensibilização – Aline destacou ainda o suporte fornecido pelo Sescoop/PR ao longo desse processo. “O Sescoop/PR vem nos apoiando desde que eu comecei a buscar informações”, frisou. De acordo com a analista, já foram realizadas duas etapas de sensibilização sobre o projeto, uma com os professores e outra com o Conselho de Administração do Colégio. “Hoje estamos fazendo a sensibilização dos alunos, trazendo as informações para os futuros cooperativistas mirins, nossos futuros associados mirins, que vão constituir essa cooperativa. Queremos realizar este ano a formação dos professores e dos estudantes e prepará-los para que, em janeiro do ano que vem, nós possamos começar todo esse trabalho e fazer a primeira assembleia”, disse.

Adesão livre e voluntária – “Nós estamos no Colégio Colônia Holandesa com a equipe pedagógica da escola, com a diretoria e a presença do Sescoop/PR e de membros de duas cooperativas escolares da Castrolanda, que vieram contar um pouquinho dessa experiência e nos ajudar a fazer com que as crianças conheçam um pouco mais sobre o cooperativismo e ver como está sendo a experiência em outras escolas, para estimulá-los a dizer sim para este projeto, que parte do primeiro princípio cooperativista: adesão livre e voluntária, ou seja, se eles não aceitarem não tem como tocar esse projeto”, acrescentou Aline.

Consultoria – A construção do projeto da cooperativa escolar em Arapoti está ainda contando com a instrutoria de Adilso Augustinho Carniel, da empresa CCA, que atua nas áreas de cidadania financeira, cooperativismo e empreendedorismo. “Nós estamos ajudando a estruturar a cooperativa escolar no Colégio Colônia Holandesa, apoiada e apadrinhada pela Capal. A intenção aqui é obviamente criar uma cultura da cooperação, auxiliar a escola no processo de educação, formação de valores e princípios e que isso sirva para a vida deles e da família. Nossa expectativa é, sobretudo, resgatar valores e costumes e auxiliar a escola no processo de formação do indivíduo”, explicou.

Formação teórica – Segundo Carniel, se os alunos aceitarem constituir a cooperativa, eles irão passar por uma formação teórica, de quatro a cinco encontros, com duas horas cada. “Depois, vão fazer a formação de grupos, escolher nome e logo, decidir sobre o capital social para se integralizarem como sócios, elaborar o Estatuto Social, fazer a escolha dos membros da diretoria e do Conselho Fiscal e, aí, vem a Assembleia Geral, que é a cereja do bolo. É momento de apresentar à sociedade o resultado do trabalho da cooperativa”, disse.

Momentos importantes – O instrutor lembrou ainda que há dois momentos importantes no processo de constituição de uma cooperativa. “O primeiro é a aprovação do Estatuto Social e o segundo é a eleição da Diretoria e do Conselho fiscal. Na sequência, vem o objeto de aprendizagem, as atividades, as oficinas e o acompanhamento, que será realizado pelos técnicos, profissionais da Capal e pelos próprios professores orientadores, com o objetivo de dar assistência na realização das atividades da cooperativa, que não tem fim econômico. É apenas um meio de aliar a teoria com a prática, para que tenham a oportunidade de exercitar os valores e princípios do cooperativismo”, complementou Carniel.

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