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Comércio prevê crescimento modesto em 2023

“Estamos preocupados pois as empresas estão fechando as portas, demitindo até 10% do quadro de funcionários e a perspectiva de crescimento é muito baixa”, destacou o presidente da ACE Ourinhos, Robson Martuchi.

Imprensa ACE Ourinhos

O presidente da FACEPS (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) que também é presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Alfredo Cotait Neto, afirmou que a expectativa de crescimento das vendas do varejo deste ano é modesta: cerca de 1,5% sobre 2022.

Diante de uma expectativa tão baixa vindo da maior associação do Estado, o presidente da ACE Ourinhos, Robson Martuchi destaca uma perspectiva de crescimento muito baixa no município. “Estamos preocupados pois as empresas estão fechando as portas, demitindo até 10% do quadro de funcionários e a perspectiva de crescimento é muito baixa”.

Robson ressalta que o congresso deve tomar uma atitude para colocar o governo federal em uma linha correta de trabalho. “Ficamos preocupados com o rumo do país, do nosso Estado, principalmente porque representamos uma classe muito forte. A missão das associações comerciais é trazer ferramentas para que os empresários possam utilizá-las para manter suas atividades e ampliá-las, fazendo com que isso gere mais emprego e renda para nossa cidade e para a região. Sem empresas não há emprego, sem emprego não há renda. Nosso compromisso com a categoria está mantido, por isso estamos acompanhando de perto, presente aos eventos, ao lado dessas pessoas que estão a frente da ACSP e Facesp”, disse.

Por que uma expectativa tão baixa?

A perspectiva da ACSP é que alguns fatores irão limitar o crescimento do setor, especialmente no primeiro semestre: juros elevados, juntamente com a alta da inadimplência das famílias e a queda na renda.

No segundo semestre as vendas devem acelerar um pouco, sustentadas principalmente pelo Bolsa Família e pela disponibilidade de crédito. Mas não devem deslanchar por conta do elevado nível de endividamento do brasileiro e dos juros proibitivos.

Apesar de o novo governo ter anunciado uma série de medidas fiscais, elas não garantem tranquilidade aos agentes econômicos no médio e longo prazo, de acordo com Marcel Solimeo, economista da ACSP. “Não parecem ser suficientes para estimular o Banco Central a baixar os juros”, disse o economista.

O comércio tem moderado suas projeções também pela frustração com o desempenho do ano passado. Depois de um longo período de restrições às atividades econômicas motivadas pela pandemia de covid-19, parecia que 2022 seria um ano de forte recuperação das vendas. Mas até novembro a alta acumulada é de 1,1%, segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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