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Cresce o número de infartos entre os jovens nos últimos 15 anos

O cardiologista Fernando Nobre explica os motivos da incidência do problema nesse público

Young man has heart attack isolated on white background.

Assessoria

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou no Brasil. A média mensal de internações subiu quase 160% no período. Entre jovens de até 30 anos, o crescimento foi 10% acima da média.

No dia 24 de julho, Bronny James, o filho de 18 anos do astro da NBA Lebron James, sofreu uma parada cardíaca enquanto treinava com o time de basquete da Universidade do Sul da Califórnia e a questão reforçou o alerta para a ocorrência de doenças cardiovasculares entre os jovens.

O infarto do miocárdio é a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. A principal causa é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se formam nas paredes das artérias coronárias. Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo.

O estilo de vida, como uso contínuo e abusivo de álcool, hipertensão, aumento do colesterol, diabetes, obesidade, sedentarismo e o tabagismo são fatores que contribuem para essas estatísticas tão alarmantes. No ano passado, 9% da população brasileira com idade entre 18 e 24 anos tinha IMC (Índice de Massa Corporal) igual ou maior que 30 kg/cm², o que configura obesidade. Já em 2023, esse percentual subiu para 17,1%, ou seja, um salto de 90%.

“É possível a prevenção de um infarto. Para isso, basta ficar longe dos fatores de risco. Por exemplo, evite fumar e o consumo excessivo de álcool, tenha o controle da pressão arterial, do diabetes e do colesterol, mantenha o peso dentro dos limites normais (circunferência abdominal menor que 88 cm para mulheres e inferior a 102 cm para homens), com alimentação balanceada e a prática de atividades físicas regulares. Esses hábitos podem, efetivamente, colaborar para a redução de infarto”, explica o cardiologista Fernando Nobre.

Ao iniciar uma rotina de exercícios físicos, o médico lembra que é importante consultar um cardiologista para avaliar as condições de saúde, uma vez que a pessoa pode ter algum problema que desconheça. “É importante que seja feita, ao menos uma vez ao ano, uma avaliação médica especializada, para monitorar se está tudo bem”, orienta.

O especialista explica os primeiros sinais que o corpo dá antes de um infarto cardíaco. “Um dos sinais mais comuns é uma dor muito forte que comprime a região do peito e pode irradiar-se para o braço esquerdo ou dorso. De curta duração, essa dor pode ser acompanhada de sudorese (suor excessivo), náuseas, palidez e até sensação de desmaio. Algumas vezes, o infarto também pode se manifestar com dor no estômago, que pode ser confundida com gastrite”, fala.

Infarto é uma emergência que exige imediato atendimento médico. “Ao sentir os sintomas, procure imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), pelo número 192, ou vá até um pronto-socorro, pois quanto mais rápido o diagnóstico, maior as chances de tratamento e resolução”, conclui.

Crédito da foto: Divulgação/Freepik

Sobre o Dr. Fernando Nobre

Fernando Nobre é cardiologista formado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, com especialização em Hipertensão Arterial. É Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo na área de concentração de Hipertensão Arterial.

Atuou na coordenação da Unidade Clínica de Hipertensão do Centro de Cardiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – Ribeirão Preto (1994 a 2004). Foi presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (1994 a 1996).

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