Geral

Saneamento rural precisa entrar nos planos municipais

Maioria das residências não tem abastecimento de água e destinação de esgoto adequados

Assessoria

Com uma população rural de aproximadamente 30 milhões de pessoas, o país ainda engatinha no avanço do saneamento dessas áreas. “As cidades devem incluir essas localidades na elaboração do seu Plano Municipal de Saneamento Básico, que é um instrumento essencial para a criação de políticas pública para o setor”, analisa o engenheiro Elzio Mistrelo, coordenador do Boletim do Saneamento.

Ainda hoje, aproximadamente 65% das residências rurais fazem a captação de água para consumo humano em poços e nascente e 75% dessas moradias não dispõem de sistemas de tratamento ou de destinação de esgoto. “As condições sanitárias na maioria das áreas rurais ainda são muito inadequadas e fonte de contaminação da população”, alerta o coordenador do Boletim do Saneamento.

A destinação correta do lixo é outra demanda da área rural que precisa de solução. A adoção de boas práticas ambientais na agropecuária é fundamental para a preservação do meio ambiente, reduzindo eventuais prejuízos futuros causados pelo descarte inadequado dos resíduos sólidos.

Novas tecnologias para o saneamento no campo vêm sendo desenvolvidas pela Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), como a “Fossa Séptica biodigrestora”, o “Jardim Filtrante” e o “Clorador Embrapa”. “Essas novas ferramentas precisam realmente chegar ao produtor rural. Por isso, precisamos do esforço governamental para mudar a realidade do saneamento nessas localidades”, afirma Mistrelo.

Para começar a mudar essa realidade, os municípios precisam incluir as áreas rurais nos seus Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB). Para a elaboração ou revisão do documento, o Boletim do Saneamento oferece orientação especializada.

O Boletim

Com foco na divulgação de conhecimento especializado para melhor entendimento do planejamento e ações para implantação e operação dos sistemas, o Boletim do Saneamento oferece informações de fontes confiáveis e dados seguros, contribuindo para a tomada de decisões dos gestores na ampliação e melhoria dos serviços de saneamento nas suas localidades.

Essa nova ferramenta tem papel indispensável para o setor, com a participação representativa de especialistas em engenharia, saneamento e meio ambiente, com o propósito de indicar todas as possibilidades dos programas, visando a ampliação e a melhoria dos serviços de saneamento em todas as regiões brasileiras.

O portal é resultado da parceria entre a ABCE (Associação Brasileira de Consultores de Engenharia), a Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente) e o Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva).

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