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Secretaria da Agricultura divulga nova estimativa da safra 2022/23

A safra 2022/2023 deve chegar a 46,7 milhões de toneladas de grãos no Paraná em uma área de 10,8 milhões de hectares. A produção de soja está confirmada em 22,4 milhões de toneladas em uma área de 5,8 milhões de hectares.

Mercado municipal de Curitiba – vários tipos de feijão expostos no mercado municipal do Curitiba – feijão branco – feijão preto – castanhas

AEN

A safra 2022/2023 deve chegar a 46,7 milhões de toneladas de grãos no Paraná em uma área de 10,8 milhões de hectares, segundo informações da Previsão Subjetiva de Safra, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Se as expectativas forem confirmadas, representam um aumento de 37% no volume e redução de 1% na área plantada comparativamente ao ciclo 2021/2022, que encerrou com 34,1 milhões de toneladas. “Apesar de alguns desafios pontuais, o Estado deve ter uma boa safra”, analisa o chefe do Deral, Marcelo Garrido.

A produção de soja está confirmada em 22,4 milhões de toneladas em uma área de 5,8 milhões de hectares. O volume é 80% superior ao produzido na safra 2021/2022, quando os agricultores paranaenses colheram 12,4 milhões de toneladas. A segunda safra de milho está estimada em quase 14 milhões de toneladas, volume 5% superior ao ciclo passado (13,27t), apesar da redução de 12% na área, que passou de 2,7 milhões de hectares em 21/22 para 2,4 milhões na safra atual.

Estima-se um volume de 496 mil toneladas de feijão na segunda safra, 13% inferior ao ciclo 21/22 (570,2 mil t). Já a área caiu de 342,9 mil hectares na temporada 21/22 para 288,6 mil hectares na atual.

As expectativas são positivas para os cereais de inverno, com crescimento de 30% na produção de trigo, somando 4,6 milhões de toneladas (3,5 milhões de t na de 21/22). O cereal também tem um incremento de área de 13% comparativamente ao ciclo anterior, de 1,2 milhão de hectares para 1,4 milhão de hectares.

De maneira geral, os preços das commodities reagiram na última semana. No caso do trigo e do milho, o aumento se deve ao ataque da Rússia aos portos ucranianos, já que os dois países são grandes produtores e a Rússia o principal exportador. No caso da soja, a alta foi influenciada pela redução da expectativa de produção nos Estados Unidos, vice-líder da produção mundial.

MILHO – A segunda safra de milho ocupa uma área de 2,4 milhões de hectares no Paraná, 12% inferior à área plantada no ciclo 21/22. A colheita evoluiu lentamente nesta semana e chegou a 11% da área. Esse percentual disponibiliza 1,6 milhão de um volume esperado de 14 milhões de toneladas. A colheita tem encerramento previsto para setembro.

Cerca de 30% das lavouras restantes ainda estão em fase de enchimento de grãos e as demais maturando, sem grande exposição a riscos climáticos. De acordo com o agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho, as produtividades inicialmente obtidas oscilaram bastante. Em parte das lavouras houve desempenho abaixo do esperado, em função da cigarrinha e dos períodos de estiagem, especialmente no Sudoeste.

“Porém, outras lavouras surpreenderam positivamente, especialmente no Oeste do Estado”, explica. A definição da safra deverá acontecer a partir da intensificação dos trabalhos na região Norte.

SOJA – O Paraná atingiu um recorde na produção de soja neste ano. Foram 22,4 milhões de toneladas, 80% a mais do que as 12,4 milhões obtidas na safra passada, prejudicada pelo clima. A área foi 2% maior, com 5,8 milhões de hectares, contra 5,7 milhões no ciclo 21/22. Aproximadamente 58% do volume está comercializado, índice abaixo da média para o período.

FEIJÃO – A colheita da segunda safra de feijão no Paraná terminou nesta semana. Com área de 288,6 mil hectares, a produção alcançou 496 mil toneladas. Segundo o Deral, a produtividade média foi de 1.719 kg por hectare, representando cerca de 13% a menos do que a estimativa inicial, que era de 1.979 kg por hectare.

A cultura enfrentou alguns problemas com relação ao clima na segunda safra, com o excesso de chuvas no início do plantio e estiagem durante o mês de maio. Durante a colheita foram registradas chuvas frequentes, principalmente na região Sudoeste. “Os produtores alegam que tudo isto afetou a qualidade do produto colhido”, explica o economista do Deral Methodio Groxko.

Na última semana, os produtores receberam, em média, de R$ 190,00 pela saca de 60 kg pelo feijão de cores, com aumento de 1,4% frente ao período anterior. Já o tipo preto foi comercializado a R$ 210,00 a saca de 60 kg, com uma redução de 3,2%, em relação à semana anterior.

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