Projeto de lei que previa a contratação de um assessor jurídico para a secretaria de Assistência Social com salários de quase R$ 7,8 mil foi retirada da pauta da câmara
Da Redação

Após enorme polêmica a prefeitura de Wenceslau Braz solicitou à câmara de vereadores que retirasse de pauta o projeto de lei que previa a contratação de mais um cargo comissionado, especificamente um assessor jurídico para a secretaria municipal de Assistência Social com salários de R$ 7,8 mil mensais.
A prefeitura mudou a postura após protestos e críticas contundentes em redes sociais, inclusive por parte de aliados políticos do prefeito Atahyde Ferreira dos Santos Júnior, o Taidinho (PSD).
A própria câmara de vereadores, que tem sete dos nove vereadores eleitos pela base do prefeito, já tinha se mostrado reticente com relação ao projeto. Alguns vereadores chegaram a se manifestar contrários à iniciativa da prefeitura.
As críticas são baseadas no momento conturbado que todo o país vive com relação a pandemia de Covid-19 e a criação de mais um cargo comissionado iria causar mais despesas ao município em uma área que nada tem relação com o combate à disseminação do vírus. Além disso, pesou o fato da prefeitura ter implantado um novo lockdown durante março, o que gerou protestos de comerciantes.
Um dos comerciantes chegou a entrar em contato com a Tribuna para reclamar da situação que classificou como “injusta, porque trabalhador não pode trabalhar, mas prefeito pode criar cargo comissionado”.
Taidinho, por sua vez, em contato com a reportagem, afirmou que criaria o cargo pela necessidade da pasta, mas que não faria a nomeação até que a situação com relação a pandemia estivesse mais controlada.
De qualquer forma, como as críticas seguiram e a possibilidade de reprovação do projeto mesmo tendo maioria na câmara era grande, a prefeitura optou pela retirada do assunto da pauta para “que possa ser readequado e estudado melhor”.