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Não disfarçam mais, apenas matam, depois vão ver quem

por Benjamim Cafalli

Não disfarçam mais, mostraram a que vieram

Na quinta-feira (27), um policial militar da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) foi assassinado em Guarujá – tratado como “no” por 99% das pessoas, já passou da hora da prefeitura local incorporar o artigo ao nome. As Polícias Militar e Civil mobilizaram 600 (!) agentes para capturar o atirador. Na ação foram mortas oito pessoas, número inicialmente admitido pelo governo, mas passou a anunciar dez. A Ouvidoria das Polícias sempre falou em dez mortes e apura a possibilidade de mais nove.

Moradores da região contaram que PMs torturaram e mataram ao menos um homem, e prometeram assassinar 60 pessoas em comunidades de Guarujá.

Em entrevista coletiva ontem o governador declarou que as ações foram gravadas pelas câmeras corporais, mas não apresentou nenhuma imagem. Por que ficar só no palavrório se a entrevista era o momento adequado para dirimir dúvidas?

Surpresa? Nenhuma, é a crônica da matança anunciada.

Duarante a campanha o então candidato ao governo paulista Tarcísio de Freitas declarou-se claramente contra o uso de  câmeras corporais nos uniformes dos policiais militares. Vencedor, escolheu para secretário da Segurança Pública ex-capitão da Rota – corporação conhecida por sua extrema violência – Guilherme Derrite, também adepto da teoria bozista de que “bandido bom é bandido morto”.

Chegou a ir mais longe, declarou que (está gravado, é indesmentível) “Os tenentes, principalmente os oficiais, que nos últimos 5 anos se envolveram em três ocorrências ou mais que tenha o resultado evento morte do criminoso estão sendo movimentados. E o Telhada se encaixa nessa lista, até eu que estou fora da rua há dois anos me encaixo, porque o camarada trabalhar cinco anos na rua e não ter três ocorrências, na minha opinião, é vergonhoso, né?”

Telhada é outro ex-PM defensor de ações violentas e as ocorrências a que Derrite se refere são homicídios.

Desde que Tarcísio assumiu o governo mais nenhuma câmera corporal foi comprada ou instalada.

Estão seguindo ipsis litteris o roteiro previamente anunciado.

 Não precisa explicar

 Seiscentos agentes? Quando se trata da morte de um de nós, simples mortais, no máximo são destacados cinco agentes. Parece muito mais intenção de vingança do que a da real apuração do crime.

 A esquerda e a direita, mais uma vez, se encontram

Na Bahia, governada por Jerônimo Rodrigues, do PT, a Polícia Militar matou no domingo oito pessoas – entre elas três menores – na cidade de Itatim.

O município tem 15 mil habitantes e em 2022 houve somente um caso de homicídio por lá.

As justificativas apresentadas pela PM de lá parecem ser cópias em carbono das divulgadas pela de São Paulo.

 Mas, na verdade, o problema é outro: nenhum governador tem controle total da PM? Ela, no fundo, acaba agindo como quiser, mesmo que o governador nomeie um comandante civilizado. No caso paulista, tudo se encaixa na “filosofia” do governador, na Bahia pode ser falta de comando da parte de Jerônimo.

 E agora, Josés?

O Inquérito Policial Militar (atenção, militar)  aberto para investigar os colegas que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto dos ataques golpistas de 8 de janeiro concluiu eles não tiveram culpa e encontrou “indícios de responsabilidade” da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, que faz parte do GSI.

 O IPM chegou à conclusão de que faltou planejamento adequado da parte do governo e que teria sido possível impedir a invasão do Palácio do Planalto ou, no mínimo, ter evitado tanto estrago.

Quem comandava a secretaria era o general Carlos Feitosa Rodrigues, nomeado pelo general nada augusto e muito menos heleno. Foi mantido no cargo pelo general Gonçalves Dias, ministro do GSI nomeado por Lula,

GDias, como é conhecido, é aquele que aparece confraternizando com invasores em vídeos.

Complicado sair desta, hein?

 Será a elevação à enésima potência…

… da sentença de Ovídio, poeta romano (43 a.C),  “Os fins justificam os meios” se a mais que bem informada ex-colega de EBC Roseann Kennedy, hoje a responsável pela Coluna do Estadão, estiver certa, Lula escolherá Helder Barbalho para ser seu vice em 2026.

Um Barbalho? Existem poucas famílias no país com tantos componentes envolvidos em fatos pouco edificantes.

E pode acontecer mais cedo…

 Há rumores dando conta de que o  ex-PGc – procurador-geral do coiso – Aras, aras, vejam só, não está totalmente fora do baralho e pode se transformar no PGl. Se isso realmente acontecer, o ele de Lula vai baixar de caixa, sem dúvida. Há limites, há limites…

Pode isto, OAB?

O advogado Alan Jones Carlos Mangueira, raivoso pela demora em ter seu pedido endereçado ao Tribunal Regional do Trabalho (RJ) mostrou toda a sua falta de educação  e ignorância.

“O cliente não tem culpa da incompetência do Estado. Se os trafiacantes(X)/milicianos fecharam as ruas E O DONO(!!!)  do Poder Judiciário, leia-se (oficial de justiça(X))(!!!) deve, não esqueça que ele deve chamar o calça frouxa do puliça, conhecido como zé mamé(X), flácido, pedinte, vende informação para trafico(X), vende armas, são amigos, se lambem, estão fechados, recebem arrego e outros. Já sei que vc e sua equipe vão fingir que nada sabem quanto à(X) este ponto. É NORMAL, AFINAL, SÃO AMIGOS.”

(X) Traficantes, Justiça, mané, tráfico, a.

 (!!!) Oficial de Justiça dono do Poder Judiciário???

 “Segundo: O (oficial de justiça(X), acredito eu autoridade máxima no Poder Judiciário)(!!!), definitivamente não fez o seu respectivo trabalho. Não tem importancia, o cliente o fez. Sendo assim, o funcionario público mais uma vez, não esueça(X) mais vez, mostrou- se imprestável.”

(!!!) Caramba, OAB, aprovou no Exame de Ordem alguém que acredita ser um oficial de Justiça a autoridade máxima do Judiciário???

(X) Esqueça.

11 DE AGOSTO

“TERCEIRO: O vídeo da entrega da citação/intimação está em(X) anexo. Senda assim, requeiro que Sua Alteza Real reveja a sua respectiva decisão quanto ao arquivamento, Já(X) que todos os envolvidos devem coloborar.”

(X) No anexo ou anexada, já.

“O cliente afima(X) que este veículo pertence ao dono da padaria. Sendo assim, o reclamante requer que esta casa de injustiça promova todos os atos inerentes a(X) busca e apreensão (do mesmo)(X). Aproveita a oportunidade para requerer a suspensão da CNH da parte ré/reclamado.”

(X) Afirma, à, dele. Melhor forma: à sua busca e apreensão.

“Nestes termos, pede e espera deferimento. Rio de Janeiro, 31 de março de 2023.”

Que coisa, hein?

(CACALO KFOURI)

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Uia!!!