Crédito das fotos: Sara Cheida/Itaipu Binacional.

Assinatura ocorreu na tarde de quinta-feira (27), em encontro que reuniu representantes de mais de mil organizações do Paraná e Sul do Mato Grosso do Sul
A Itaipu Binacional firmou na tarde desta quinta-feira (27), em Foz do Iguaçu (PR), o compromisso de apoiar os projetos elaborados pelos Núcleos de Cooperação Socioambiental (NCS), que foram pensados para garantir a estratégia da participação dos diversos atores sociais nos processos de diagnóstico, planejamento e execução de iniciativas socioambientais.
A assinatura contou com a participação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos; do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri; do diretor de Coordenação da empresa, Carlos Carboni; do diretor de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Marcos Sorrentino; do diretor-superintendente do Itaipu Parquetec, Irineu Colombo; do diretor Administrativo da Itaipu, Iggor Gomes Rocha; e do presidente da Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural (Assesoar), Inácio José Werle, representando as mais de 1.200 pessoas integrantes de organizações participantes do encontro.
Criados pelo programa de Governança Participativa da Itaipu em 2023, os 21 NCS abrangem os 434 municípios de atuação da empresa no Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul. Cada núcleo conta com a participação dos mais variados atores sociais. Em parceria com o Itaipu Parquetec, a Itaipu promoveu diversas ações de mobilização e engajamento (como seminários, webinars e encontros presenciais) que resultaram em mais de 11 mil pessoas mobilizadas nos territórios, além da implantação do curso de Desenvolvimento Organizacional com a participação de 98 instituições.
A partir dessa mobilização, cada Núcleo estabeleceu as prioridades em termos de ações de desenvolvimento territorial, traduzidas em projetos apresentados à Itaipu. São essas iniciativas que estão contempladas no compromisso firmado nesta quinta-feira. Durante o evento, diversos NCS apresentaram seus projetos.
O bioconstrutor e permacultor Leandro Carlos de Souza, o Leco, apresentou o projeto voltado à formação de agentes populares em saneamento básico em sete municípios. Morador de Morretes e integrante do Núcleo do Litoral por meio do Coletivo de Convivências Agroecológicas (CCA), do qual é vice-presidente, ele destacou como prioridade a melhoria das condições de acesso à água e ao saneamento nas comunidades.
Segundo Leco, a iniciativa busca promover autonomia comunitária por meio da capacitação para gestão adequada de resíduos sólidos, tratamento ecológico de efluentes e manejo correto das águas pluviais e dos rios, utilizando tecnologias sociais. “Além da formação, o projeto também prevê a geração de renda, permitindo que os agentes atuem diretamente em seus territórios”, disse.
A pedagoga Sandra Regina Durante Frasson, integrante do Núcleo de Curitiba, apresentou o projeto que busca fortalecer e ampliar as ações já desenvolvidas pela Itaipu Binacional junto a catadores e catadoras de resíduos. A iniciativa tem como foco intensificar o apoio às associações que atuam na coleta e reciclagem, promovendo a consolidação de uma rede colaborativa entre os grupos beneficiados.
Segundo Sandra, o projeto pretende transformar os investimentos já realizados — como fornecimento de maquinários, equipamentos, caminhões e capacitações — em uma prática integrada de cooperação, na qual as associações mais estruturadas possam apoiar outras em processo de fortalecimento. “A proposta inclui ainda a ampliação da assessoria técnica, jurídica e da formação continuada, contribuindo para a profissionalização e sustentabilidade da rede de catadores”, completou Sandra.
Para o ministro Boulos, outras grandes empresas deveriam seguir o exemplo da Itaipu, ajudando as pessoas a se organizarem coletivamente nos territórios e a se unirem para a solução dos problemas socioambientais. “Essa é a alma da verdadeira política. É a participação social, é a união para promover uma vida melhor”, afirmou o ministro, enfatizando, também, o papel central desempenhado pela educação na democracia.
O diretor Enio Verri destacou que o programa de Governança da Itaipu é um processo de escuta ativa e de diálogo estruturado com as comunidades do território de atuação da empresa. “Entendemos que quem pode dizer como a Itaipu pode investir para melhorar a vida das pessoas é a sociedade organizada. É nossa forma de atuar para promover uma sociedade mais justa, fortalecer cada região e o estado, e ter um País cada vez mais soberano”, completou.











