A Polícia Civil do Paraná, por meio da 12ª Subdivisão Policial e da Delegacia da Mulher de Jacarezinho, divulgou nesta semana informações atualizadas sobre as investigações relativas ao corpo encontrado no último dia 16 de agosto, em um terreno baldio na Rua Professor Arlindo Bessa, bairro Pompéia II.
A vítima foi identificada como Angélica Pereira, de 52 anos, desaparecida desde o dia 9 de agosto. O corpo foi localizado por populares em área de vegetação queimada e reconhecido inicialmente por familiares no próprio local, onde também foi encontrado um celular que pertencia à vítima.
Segundo o laudo técnico elaborado pela Polícia Científica do Paraná, o cadáver apresentava carbonização generalizada, com posição típica de corpos submetidos a altas temperaturas, além de alguns danos provocados possivelmente por ação de animais após a morte. O documento foi categórico ao afirmar que não foram constatados sinais de luta corporal nem de lesões compatíveis com tentativa de defesa, afastando indícios visíveis de agressão direta no momento da análise em campo.
Os peritos ainda esclareceram que não foi possível determinar se a morte ocorreu antes ou durante o incêndio, nem identificar o foco inicial do fogo, já que a queima da vegetação ocorreu de forma homogênea. Além disso, não foram localizados acelerantes ou substâncias inflamáveis que pudessem indicar uso intencional de fogo.
O laudo concluiu que a causa da morte não pode ser estabelecida apenas pelo exame de local, sendo imprescindível o exame de necropsia no Instituto Médico-Legal (IML) de Jacarezinho, que irá apontar de forma definitiva se a morte decorreu da ação do fogo ou de outra causa anterior.
A Polícia Civil reforça que o inquérito policial instaurado permanece em andamento, com a coleta de provas, oitivas de testemunhas e requisições de exames complementares, a fim de esclarecer todas as circunstâncias que envolveram o caso.
