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Projeto de Lei é aprovado por 6 votos a 3; Casa da Mulher e Complexo do Idoso sensibilizaram a votação

SANTO ANTONIO DA PLATINA

Segunda votação ocorreu esta tarde, às 14h30, horário muito criticado por quem trabalha e não pode participar

Gladys Santoro Biaggioni

O projeto de Lei 053/2025, votado esta tarde, mais precisamente às 14h30, na Câmara Municipal de Vereadores de Santo Antônio da Platina, foi aprovado, em segunda votação, por 6 votos a favor e três contra. Votaram pelo sim os vereadores Flavio Maiorky, Breno. Fabinho Galdino, Eliane Siqueira e Diego. Contra, manteve a posição o vereador Leônidas Silva e Marcelino. Karla votou contra e justificou que gostaria que os projetos da Casa da Mulher e Complexo dos Idosos fossem separados da Reforma Administrativa.  Faltaram os vereadores Cação, Buchecha e Irmão Paulinho.

Casa das Mulheres e Complexo

dos Idosos atiçaram a votação

Na verdade, a inclusão da Casa das Mulheres e o Complexo dos Idosos –  estimados em aproximadamente R$ 7 milhões – foi a flechada fatal no coração dos vereadores  platinenses, que se encantaram pelos benefícios que ambos podem trazer para a cidade e deram de ombros às despesas totais do projeto da Reforma Administrativa, que prevê novas secretarias, diretorias, cargos comissionados e tudo o que se refere a uma reestrutura. Ou também se encantaram com as possibilidades de cargos e negociações que uma reforma dessa abre as portas. De qualquer maneira, boa parte da população se decepcionou pela postura dos vereadores.

Alguns vereadores argumentavam que a cidade cresceu e que  precisa se ajustar, outros defenderam suas posições e profissões, como no caso da Secretaria de Esportes, onde o vereador  Diego falou da diferença entre diretor e secretário de esportes.

 Enfim, foi nessa toada que o projeto que vai aumentar em mais de um milhão de reais a folha de pagamento da prefeitura, foi aprovado.

Os que votaram contra tentaram mostrar que a cidade, antes de uma reforma tão ampla, precisa de mais cuidados e investimentos, como por exemplo, na saúde e educação, mas foram combatidos com veemência, desde a primeira votação ocorrida na noite de quarta-feira.

O projeto

O projeto de lei 53/2025 trata de uma ampla reforma administrativa, que prevê a criação de novas secretarias e com elas toda a estrutura necessária.

Diretorias já estabelecidas há anos acabam ganhando secretarias, como a de Agricultura, Esportes e Cultura. Enfim, ao todo, a reforma administrativa chegou a custar cerca de R$ 10 milhões para os cofres públicos, mas o Ministério Público pediu a retirada daquele projeto de número 036/2025, para que fosse revisto e reestruturado e dele nasceu o 053/2025, com algumas alterações reduzindo algumas despesas.

Indignação

 Alguns moradores, apesar de não terem participado da sessão pessoalmente por conta do horário- 14h30 – assistiram a votação pelo Facebook, como Adriana Malta, que se mostrou o tempo todo indignada, fazendo comentários nas falas dos vereadores. “Nem sei se tem outra palavra que mostre o que estou sentindo, além de indignação. Nosso povo não merece esse descaso, não estamos vivendo com uma economia estável. Então, agora seria a hora de esperar, de ter paciência e de socorrer os mais necessitados”, comentou.

Para Janderson Rodrigues do Blog “Café com Pimenta”, que acompanhou toda a votação pessoalmente, a Reforma do jeito que foi aprovada é imoral, apesar de legal. “Horário impróprio, quando a maioria da população está trabalhando e, portanto, impossibilitada de acompanhar de perto um dos momentos mais sensíveis e graves da política local”, disse

E não se trata de um detalhe qualquer. “Estamos diante de um projeto que, ao que tudo indica, abre caminho para mais secretarias, mais diretorias, mais cargos, ampliando privilégios enquanto a população luta para sobreviver em tempos de dificuldades econômicas”, disse.

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