Capa

Produtora de Jacarezinho é premiada noCongresso das Mulheres do Agronegócio

Administradora da Fazenda Califórnia esteve entre as premiada no Prêmio Mulheres do Agro, promovida pela Bayer e pela Abag

Flávia Saldanha é agrônoma e administra a Fazenda Califórnia desde 2004

Da Redação

Uma produtora rural de Jacarezinho esteve entre as premiadas da sexta edição do Prêmio Mulheres do Agro, promovida pela Bayer e pela Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), realizado durante o 8º Congresso das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo (SP), na semana passada. As informações são da Forbes.
Flávia Saldanha, de 44 anos, é engenheira agrônoma e administradora da Fazenda Califórnia e foi uma das nove produtoras rurais reconhecidas na premiação por suas práticas ancoradas nos pilares ESG (ambiental, social e governança) nas divisões entre pequenas, médias e grandes propriedades.
Ela foi premiada na categoria “Grande Propriedade”. Flávia administra a Fazenda Califórnia desde 2004, com o auxílio de seu marido, Luiz Roberto Saldanha. Na propriedade tem café e grãos, como soja, milho e sorgo, e se baseia 100% na adoção de práticas agrícolas conservacionistas, buscando pela máxima eficiência produtiva com a mitigação dos impactos ambientais e benfeitorias sociais.
“O prêmio é a oportunidade de mostrar que a sustentabilidade é possível. Não como o ‘greenwashing’, que é quando você fala mas não faz. Pelo contrário, mostramos que, sim, dá para trabalhar com sustentabilidade e rentabilidade e aplicar no dia a dia na fazenda”, afirma.
Atualmente, dado o sucesso de seu produto e a aplicação assertiva de boas práticas agrícolas, a produtora obteve parcerias comerciais para a exportação do seu café para os Estados Unidos, Japão, Austrália e alguns países da Europa.

INCENTIVO
Desde a primeira edição, em 2018, mais de 1.100 mulheres já inscreveram suas histórias no Prêmio Mulheres do Agro, que, considerando as vencedoras desde ano, já reconheceu 54 produtoras rurais e uma pesquisadora, por seus projetos de pesquisa com impactos para o setor ou de grande alcance científico.
Em 2023, a premiação completou seis anos e o número de inscrições registrou uma alta de 113% desde sua criação. O destaque fica por conta da região Nordeste, que alcançou um marco inédito, em comparação a 2022, totalizando 33 mulheres inscritas somente este ano, de diferentes estados.
“Este ano tivemos uma proximidade grande com as produtoras rurais do Nordeste, pois, após avaliações internas, notamos que a premiação não chegava até elas, mesmo sendo uma região com forte protagonismo feminino no setor. Por este motivo, decidimos, então, ir até lá, com diferentes ações, o que nos resultou nessa alta participação delas este ano”, conta Isabela Fagundes, especialista de comunicação corporativa da Bayer no Brasil.
Ela diz que o Prêmio Mulheres do Agro tem como missão dar o destaque merecido ao protagonismo das mulheres atuantes no agronegócio de todas as regiões do país, reconhecendo sua valiosa contribuição e incentivando o seu trabalho no campo – e, também fora dele, através dessa nova categoria sobre pesquisa.
Segundo Gisele Balbinot, diretora executiva da Abag, o crescente número de mulheres se inscrevendo em cada edição do prêmio reflete a importância do trabalho das produtoras rurais para o fortalecimento e projeção do agronegócio brasileiro em escala global. “Elas desempenham um papel crucial em nosso setor e este reconhecimento é uma forma de homenagear cada mulher que trabalha no campo, na agroindústria, na pesquisa e nas universidades”, afirma

Botão Voltar ao topo