Imprensa Uenp
A Universidade Estadual do Norte do Paraná realizou, na tarde de quarta-feira (09/08), a entrega de certificados para os alunos e professores que participaram do Projeto Rondon – Operação Guaicurus, em Santa Rita do Pardo, no Mato Grosso do Sul. A solenidade foi realizada na Sala dos Conselhos da reitoria.
Durante o Projeto, que ocorreu de 16 a 30 de julho, os estudantes Ana Clara Ferreira (Letras/Espanhol), Ana Luiza Machado Sepulveda (Pedagogia), Brian Martins Vilela (Ciências Biológicas), Lucas Freiria Fuin (Fisioterapia), Nicolly Silva Goes (Odontologia), Sophia Dias Campos (Enfermagem), Vitória Maria de Moraes (Odontologia) e Thaís Quintino da Silva (Fisioterapia), orientados pelos professores Luiz Fabiano Zanatta e Gabriela Cristina de Oliveria, desenvolveram oficinas nas áreas de Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação e Saúde.
“O central do Projeto Rondon é a possibilidade de transformação humana e ressignificação de saberes, um saber que transcende os muros da universidade e acolhe os saberes populares, que vão sendo internalizados e ressignificados, tatuando em todos que participam o verdadeiro sentido do projeto: Lição de vida, cidadania e transformação humana”, ressaltou o professor Zanatta.
O reitor da UENP, Fábio Antonio Néia Martini, parabenizou a todos pela participação no Rondon. “Tenho certeza de que cada certificado entregue hoje representa muito mais do que a participação no projeto. Espero que cada um carregue consigo o conhecimento adquirido e compartilhe-o com a sociedade. Nós estamos muito orgulhosos da participação da UENP nessa Operação. Vocês certamente fizeram muita diferença na comunidade em que atuaram”, destacou.
A acadêmica Sophia partilhou sobre a participação no Projeto Rondon. “Foram 17 dias de uma experiência acadêmica única, em que não só ensinamos nas oficinas, mas também aprendemos com a população. É uma troca de vivências indescritível. Nunca me esquecerei que fui uma aluna rondonista, pois mudou a forma como me vejo e como enxergo o mundo”. A estudante comentou que ver a universidade ultrapassando barreiras e devolvendo para a sociedade tudo aquilo que foi investido é muito importante. “Essa é a função da Universidade. Tenho muita gratidão por ter feito parte da Operação Guaicurus”, disse.
Para Brian, a principal lição que trouxe do Projeto foi sobre o contato com a comunidade onde ficaram. “O mais importante para mim foi esse contato mais genuíno com as pessoas. O pessoal da cidade em que ficamos era muito humilde, muito verdadeiro e trazia muito respeito nas palavras. Do mesmo jeito que eles queriam muito aprender e davam valor para o conhecimento que a gente trabalhou, eles ensinavam muito pra gente. Essa questão da humildade, da verdade, da gratidão foi algo que cativou a todos nós”, enfatizou.
“Foram 17 dias, mas parece que vivemos cinco meses juntos. Estávamos 24 horas envolvidos, seja com a comunidade seja entre nós. Foi de grande valia para minha vida profissional e pessoal, nós conseguimos construir muitos laços”, destacou Thaís. A Operação Guaicurus, segundo ela, não se encerrou e vai continuar para onde for. “Vamos sempre nos lembrar de tudo que vivemos, tudo que pudemos proporcionar e tudo que recebemos. Foi uma grande honra poder participar dessa operação”, finalizou.
O professor Zanatta ainda destacou que o histórico de participação da UENP nas edições do Projeto Rondon é muito importante. “Hoje, a UENP está entre as 15 universidades brasileiras que mais realizaram ações do Projeto Rondon nacionalmente. Isso nos coloca numa posição de extremo destaque e extrema responsabilidade diante do projeto. A UENP já firmou a sua potencialidade num contexto nacional, na transformação dos seus alunos, e precisamos, cada vez mais, de subsídios para continuar”, frisou.
A solenidade contou com a participação do vice-reitor Ricardo Aparecido Campos; do pró-reitor de Extensão e Cultura, Rui Gonçalves Marques Elias; da pró-reitora de Graduação, Juliana Telles Faria Suzuki; do chefe de Gabinete, Mateus Luiz Biancon; diretores de pró-reitorias, agentes universitários e estudantes.
Projeto Rondon
O Projeto Rondon, que na UENP é gerenciado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, é coordenado pelo Ministério da Defesa e conta com a participação de Instituições de Ensino Superior. A ideia é somar forças com as lideranças comunitárias e com a população para contribuir com o desenvolvimento e a promoção da cidadania nos locais onde o projeto é realizado.
A Operação tem o objetivo também de contribuir para a formação do universitário como cidadão. O nome foi dado em homenagem ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, bandeirante do século XX que fazia expedições pelo sertão do país, estendendo linhas telegráficas. Ele foi um dos precursores na luta em defesa dos indígenas. “Morrer se preciso for, matar nunca” foi o seu lema e inspirou as Forças Armadas.