Claudio Osti – Paçoca com Cebola
O Ministério Público do Paraná, através da 3ª Promotoria de Justiça de Cornélio Procópio, instaurou um procedimento preparatório, que vai apurar uma denúncia de prática de ilícito contra o patrimônio público mediante “rachadinha” envolvendo diárias concedidas desnecessariamente a servidores públicos na Câmara Municipal em setembro de 2022.
De acordo com a denúncia, funcionários do legislativo usavam as diárias de viagens justificando que estariam tratando de processos junto ao Tribunal de Contas em Curitiba, porém a metade do valor do dinheiro usado nos deslocamentos e hospedagens eram destinados ao presidente da casa na época.
Segundo a denúncia, os funcionários eram praticamente forçados a realizarem tal ato e a manipularem os motivos das viagens.
O MP investiga documentos e se confirmada a denúncia, os envolvidos poderão ser processados pelos crimes ato de improbidade e danos ao erário, o que levará a cassação do vereador implicado.
Este é um novo episódio que suja a política procopense e causa um incomodo ao grupo que administra a cidade, que já vem sendo investigado por possíveis crimes praticados a partir da Secretaria de Saúde do Município no âmbito do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Norte do Paraná (CISNOP).
O caso envolveria favorecimentos a três laboratórios cadastrados para prestação de serviços ao Consórcio em 2020, conforme apura o MP através do Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Cabe lembrar que em 2022, o MPPR, também através do GAECO, apurou que a vice-prefeita utilizou suas credenciais de secretária municipal de Saúde para fazer o agendamento e a liberação de exames depois de ter pedido exoneração desse cargo para concorrer à função no Executivo, para a qual foi reeleita, sendo oferecida a ela o benefício da suspensão condicional do processo, com obrigação, dentre outras sanções, ao pagamento de prestação pecuniária no valor de R$ 38.137,74 aos cofres municipais.