Imprensa UENP
O Museu de Arte e Cultura Popular da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) está com a exposição “Arte em Papelão”, dos alunos do curso de escultura em papelão do Projeto Cultural (PROCUCA), da prefeitura de Cambará, em cartaz na sala expositiva 3. A visitação é livre. A abertura da exposição foi realizada na quinta-feira (16/03), com a participação de alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos), familiares de alunos do PROCUCA, artistas locais e comunidade.
A ação foi promovida através da parceria entre a Prefeitura de Cambará e a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) da UENP, efetivada por meio do Programa de Desenvolvimento da Cultura da Região Norte do Paraná, rede de contato criada para benefício da comunicação do setor cultural do norte paranaense. Na ocasião, foram expostas 16 obras de alunos entre 7 e 63 anos, representando a caatinga brasileira, temática que faz referência ao material de produção.
“Pela primeira vez, recebemos em nosso Museu uma exposição inédita que, através da poesia das cores, deixa-nos perceber o mundo por intermédio de outras lentes e evidencia a diversidade e a densidade da arte”, afirma o diretor de Cultura e Extensão da UENP, James Rios. “Que alegria divulgar uma arte produzida por nossa própria comunidade local. Isso tem um peso muito significativo”, acrescenta.
O professor artista do projeto, Anderson Augusto da Encarnação, explica o propósito da exposição e sua trajetória. “Teve início em 2022, com o tema animais do sertão, porque se aproxima do papelão, material com característica áspera e olhar distante das pessoas. As aulas aconteciam uma vez por semana, em torno de 40 minutos a 1 hora, e, em cerca de 4 meses, as esculturas ganharam forma. Nessa trajetória, que começou com a confecção de brinquedos para crianças carentes, já foram realizadas duas exposições das esculturas em papelão, realizando hoje a terceira. Estamos muito gratos e felizes pela oportunidade”, concluiu.
Para a artista Helena Maria Goulart Cara, autora de “Onça pintada”, o papelão nunca mais será um material descartado, e nessa empreitada descobriu uma nova paixão. “Eu nunca imaginei que o papelão poderia se transformar em uma obra de arte. Hoje eu não jogo mais fora, guardo tudo, porque tudo se faz, é incrível! Levei três meses para fazer a onça e amei o resultado, pretendo continuar”.
A abertura da exposição contou com a participação da secretária municipal de Educação e Cultura de Cambará, Francieli Axman Tavares Duarte; da diretora de Cultura de Cambará, Maria Léa Fragati; agentes culturais, artistas e comunidade, além de agentes universitários da UENP. Também participaram da solenidade os artistas expositores Carmelita Pimenta Palharim, Helena Maria Goulart Cara, Kethellyn Aparecida Jacinto, Maria Eloísa Rodrigues Stoco e o instrutor, Anderson Augusto da Encarnação.