A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) sediou, nos dias 7 e 8 de novembro, o IV Congresso Brasileiro da Guerra do Contestado: 110 anos entre a realidade científica e as ilusões da vida no sertão que espelha um território de empobrecimento. Realizado no Anfiteatro do Campus de Cornélio Procópio, o evento foi realizado pelo grupo de pesquisa Geografia da Fome, Território, Campo-Cidade e Desenvolvimento (GEOFOME / UENP/CCP), em parceira com o Laboratório de Geografia, Território, Meio Ambiente e Conflito (GEOTMAC) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e com o Observatório da Região da Guerra do Contestado.
O evento, que contou com exposições, conferências, confraternizações, reuniões técnico-científicas e pré-estreia de documentário, recordou e refletiu os 110 anos do início da Guerra do Contestado, bem como as marcas por ela deixadas sobre o território dos sertões sulistas. Nesse sentido, buscou ressignificar e recuperar a cultura do povo paranaense e catarinense no processo de geografização da região e da Guerra do Contestado, através de discussões com pesquisadores da área e atores sociais.
A apresentação de abertura do Congresso contou com a inauguração da exposição “Contestado sobre roxas terras do norte parananense: fragmentos e imagens do sertão caboclo”, com o lançamento do livro “Por uma Arquegeografia brasileira: a possibilidade de análise profunda do território a partir da Guerra do Contestado como exemplo prático” de autoria do conferencista da noite, Nilson César Fraga, e com a Confraternização Cabocla.
Participaram da abertura o vice-reitor da UENP, Ricardo Campos, a diretora do Campus de Cornélio Procópio, Vanderléia da Silva Oliveira, a coordenadora do evento, professora Vanessa Maria Ludka, além de estudantes, professores, profissionais da geografia e áreas afins, comunidades rurais, secretarias municipais e estaduais de Educação.