Saúde

Programação do Novembro Azul Tempalestra com médico platinense

S.A.PLATINA

Antes de iniciar sua fala, o médico concedeu entrevista à Assessoria de Comunicação da Prefeitura. “Achei maravilhoso ter recebido o convite para este momento, porque normalmente os homens são um pouco desligados, priorizando o trabalho e o lazer, deixando a saúde em último plano”, comentou.

Marcos Jr.

Na manhã desta quarta-feira (12), na Casa Platinense de Cultura “Antônio Gomes de Freitas” aconteceu palestra ministrada pelo conceituado médico urologista Vitor Lúcio Ross Fabiani, dentro da programação do Novembro Azul, campanha dedicada à saúde do homem.

O evento, realizado sob o slogan “Todos pela Vida”, foi promovido pelas Secretarias Municipais de Governo e de Saúde e contou com a presença do prefeito Gil Martins, da vice-prefeita e secretária de Assistência Social Terezinha Maiorky, e da diretora do Departamento Municipal de Saúde, Camila Scatena. A atividade começou às 8h30 e teve duração de cerca de uma hora, com palestra e espaço para perguntas do público – formado majoritariamente por servidores municipais.

Antes de iniciar sua fala, o médico concedeu entrevista à Assessoria de Comunicação da Prefeitura. “Achei maravilhoso ter recebido o convite para este momento, porque normalmente os homens são um pouco desligados, priorizando o trabalho e o lazer, deixando a saúde em último plano”, comentou. Ele destacou ainda que “é comum o paciente dizer que veio fazer o exame anual da próstata, mas, quando perguntamos a última vez, descobrimos que foi há seis anos”.

Durante sua apresentação, Vitor Fabiani abordou principalmente o câncer de próstata, mas colocou-se à disposição da Prefeitura para futuras palestras sobre fertilidade, doenças sexualmente transmissíveis e impotência sexual. “Os homens precisam se preocupar mais com a saúde. A prevenção é essencial”, afirmou.

Atendendo em Santo Antônio da Platina desde 1992, o médico recordou que, no início de sua carreira na cidade, “a cada dez homens atendidos, apenas quatro aceitavam fazer o exame de toque”. Hoje, segundo ele, “muitos já procuram o consultório especificamente para realizar o exame, que tem custo acessível e índice de acerto de cerca de 85%”.

Fabiani lembrou que “na década de 1980, com o surgimento do exame de Antígeno Prostático Específico (PSA), os urologistas ficaram entusiasmados e os homens passaram a fazer o exame a partir dos 40 anos. O PSA é o divisor de águas no diagnóstico do câncer de próstata”.

O PSA é um exame de sangue usado no rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de próstata, além de monitorar outras condições, como a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB).

Em sua fala, o médico orientou que homens negros ou com histórico familiar da doença devem iniciar os exames aos 45 anos, enquanto os demais devem começar por volta dos 50. “O câncer de próstata não dá sinais nem sintomas. Por isso, o exame é indispensável”, reforçou.

Esclarecimentos e orientações

Durante o bate-papo – como o próprio médico definiu sua participação – Fabiani explicou que o envelhecimento é o principal fator de risco para a HPB, uma condição natural em que a glândula aumenta de tamanho, sem se tratar de câncer. “Nesses casos, a próstata cresce e pode prender a urina. Já o câncer surge na periferia da glândula. Se não diagnosticado, pode crescer para fora e causar metástase. Por isso o exame é tão importante”, alertou.

Formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 1973, o médico iniciou seu contato com a urologia ainda na graduação, no Hospital das Clínicas de São Paulo, acompanhando em seguida cirurgias e aulas práticas na UEL. Natural de Jacarezinho e criado em Ribeirão Claro, Fabiani atua a 52 anos na medicina. Também recebeu recentemente o título de Cidadão Honorário de Santo Antônio da Platina.

Depois de formado, ainda atuou por uma década no agronegócio em Mato Grosso do Sul, mas decidiu retornar à profissão médica. “Vi que não sei mexer com terra e voltei. A medicina, para quem gosta, é apaixonante”, declarou.

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