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Farmacêuticos do Paraná entram em estado de greve por melhores condições de trabalho

Foto ilustrativa TRF4

PARALISAÇÃO

O estado de greve tem caráter preventivo, e a paralisação só será efetivada caso o patronal não aceite as reivindicações da categoria

Bem Paraná

Isabelle Sales 

Os farmacêuticos do Paraná estão oficialmente em estado de greve. A decisão foi anunciada pelo sindicato da categoria na sexta-feira (24), após assembleia realizada no dia 20 de outubro de 2025 com profissionais da área comercial.

A categoria informou que a paralisação será mantida caso não sejam garantidas, na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), duas folgas semanais coincidentes com o domingo. Em audiência realizada no Ministério Público do Trabalho, o Sindifar-PR apresentou uma proposta que incluía reajuste salarial de 5,5%, manutenção das demais cláusulas convencionais e as folgas aos domingos. O sindicato patronal, porém, rejeitou a concessão das folgas.

Reivindicações dos farmacêuticos

Os profissionais exigem um aumento salarial, já que o piso atual é de R$ 4.400, e destacam que a classe não recebe reajuste real há 10 anos, sendo limitada ao aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, pedem:

Vale-alimentação compatível;

Adicional para o responsável técnico;

Adicional de insalubridade;

Retorno intercalado dos domingos, já que trabalham em 6×1, com apenas um domingo de folga por mês).

Segundo o sindicato, a pressão sobre a categoria aumentou nos últimos anos devido ao crescimento de demandas dentro das farmácias desde a pandemia sem a correspondente valorização profissional.

Posicionamento do patronal

O sindicato patronal, por meio de publicação nas redes sociais, afirmou que teria aceitado a proposta apresentada, mas os farmacêuticos contestam, destacando que os reajustes concedidos nos últimos 10 anos se limitaram apenas à correção pelo INPC, sem nenhum aumento real ou melhorias significativas nas condições de trabalho.

Situação atual

Até o momento, as atividades nas farmácias não foram paralisadas. O presidente do sindicato encontra-se em Brasília, e uma nova reunião será marcada assim que ele retornar. O estado de greve tem caráter preventivo, e a paralisação só será efetivada caso o patronal não aceite as reivindicações da categoria.

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