País alcança US$4,1 bilhões em faturamento no setor de cassinos online e apostas, impulsionado pela regulamentação e pelo perfil jovem dos apostadores.
Brasil se consolida como 5º maior mercado global de cassinos online e apostas
O Brasil se tornou, em 2025, o quinto maior mercado de apostas e cassinos online do mundo, com previsão de faturamento de US$ 4,139 bilhões (cerca de R$ 22 bilhões), segundo dados da consultoria internacional Regulus Partners obtidos pela BBC News Brasil. O resultado coloca o país atrás apenas dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália e Rússia no ranking global do setor.
As estimativas refletem o impacto direto da regulamentação das apostas esportivas e dos cassinos online, aprovada recentemente. O levantamento da Secretaria de Prêmios e Apostas indica que as 78 empresas atualmente autorizadas a operar no país movimentaram R$ 17,4 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025.
De acordo com o especialista em modelos econômicos e de jogos da Regulus, Paul Leyland, o crescimento do mercado brasileiro tem sido “agressivo” na última década. Em 2014, o segmento girava em torno de US$ 300 milhões — número quase 14 vezes menor que o atual. A expansão acompanha o aumento do acesso digital e o interesse crescente por plataformas de entretenimento online, como os cassinos virtuais.
Uma pesquisa realizada por uma das maiores bets do país em 2025 ajuda a entender esse avanço. O levantamento do cassino online indica que 59% dos apostadores brasileiros são homens e 41% mulheres, com predominância da faixa etária entre 25 e 40 anos (42,1%). Outros 24,6% têm entre 41 e 56 anos, mostrando que o público do iGaming é composto majoritariamente por adultos economicamente ativos.
O estudo aponta ainda que 47% dos jogadores pertencem às classes C1 e B1, o que revela a presença significativa de consumidores da classe média e média alta nesse mercado. Para especialistas, o perfil socioeconômico demonstra que a atividade está se tornando parte do lazer digital de uma parcela mais ampla da população, e não apenas de nichos específicos.
Mesmo com o crescimento, entidades do setor reforçam a importância da regulamentação e da educação financeira como pilares para o desenvolvimento responsável do mercado. A nova legislação, segundo analistas, tende a oferecer maior segurança aos usuários e ampliar a arrecadação pública sem estimular práticas de risco.
Com o avanço da digitalização dos pagamentos, cresce a necessidade de atenção quanto à segurança e à legalidade das plataformas utilizadas no ambiente online. Tecnologias como o Pix Automático, que permitem autorizar pagamentos recorrentes de forma prática, exigem ainda mais cuidado por parte dos usuários. É essencial verificar se o site é devidamente licenciado e opera de forma transparente, garantindo que o uso desses recursos ocorra de maneira segura e conforme as normas vigentes — inclusive em transações ligadas a plataformas de entretenimento online.
