
Preço justo
O parlamentar vem articulando, nos últimos meses, um amplo movimento pela valorização do setor, com foco em garantir um preço justo e condições reais de competitividade aos produtores paranaenses
ALEP
Assessoria Parlamentar
Créditos: Orlando Kissner/Alep
O deputado estadual Luis Corti (PSB) destacou, nesta segunda-feira (14), as manifestações realizadas em apoio à cadeia produtiva do leite em diversas regiões do Paraná, especialmente em São Jorge d’Oeste e Rio Bonito do Iguaçu. O parlamentar vem articulando, nos últimos meses, um amplo movimento pela valorização do setor, com foco em garantir um preço justo e condições reais de competitividade aos produtores paranaenses.
Corti ressaltou que o protesto nas estradas reflete o descontentamento dos produtores diante da crise que afeta a atividade. “O que estamos vendo hoje é o produtor gritando por sobrevivência. Essa mobilização é legítima e necessária. Nosso papel é transformar essa voz em ação concreta dentro da Assembleia e do Governo”, afirmou.
Entre as principais bandeiras defendidas pelo deputado está a proibição da reidratação de leite em pó importado para comercialização como leite fluido — tema central do Projeto de Lei nº 888/2023, de sua autoria, já aprovado nas Comissões de Constituição e Justiça e de Agricultura. A proposta segue agora para análise da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda.
Manifestações
Durante a sessão plenária desta segunda-feira, diversos parlamentares repercutiram a mobilização do setor e destacaram as ações articuladas por Corti na Assembleia. Os deputados Reichembach (PSD) e Professor Lemos (PT) manifestaram apoio ao projeto e à audiência pública marcada para o dia 21 de outubro, em Curitiba, que reunirá parlamentares, representantes do governo, entidades de classe e produtores de todo o Estado.
Números
De acordo com dados do IBGE e da Conab, mais de 17 mil produtores de leite deixaram a atividade nos últimos cinco anos no Paraná. A combinação de baixa rentabilidade, altos custos e importações recordes — que em 2024 somaram 1,62 bilhão de litros, quase o dobro da média anual — tem levado ao fechamento de propriedades e à redução da produção local.
Para Corti, o fortalecimento da cadeia leiteira é uma causa que ultrapassa interesses setoriais. “O leite é símbolo da luta e da dignidade das famílias do campo. O Paraná precisa garantir condições reais de competitividade para quem trabalha de sol a sol e mantém viva a economia rural. Essa causa não é de um setor, é de todo o Estado”, concluiu.