
ENSINO SUPERIOR
Um dos projetos de extensão apresentados pela UENP no Paraná Faz Ciência é o “Criando Pontes para uma Educação Antirracista: formação continuada para educadores”, coordenado pela professora do curso de Geografia do Campus Cornélio Procópio, Carla Holanda da Silva
Uenp
A Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) participou da 5ª edição da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Paraná Faz Ciência, entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro, em Guarapuava. Ao todo, 12 projetos foram apresentados no estande da Instituição durante o evento que, neste ano, foi organizado e sediado pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) em parceria com as Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI).
O pró-reitor de Extensão e Cultura, Rui Gonçalves Marques Elias, destaca que as iniciativas apresentadas pelos estudantes e professores da UENP no evento representam uma parte do que os três campi desenvolvem nas áreas do ensino, pesquisa e extensão. “Foram experiências extremamente positivas, onde os alunos puderam colocar em prática ou demonstrar o que eles têm produzido nos seus cursos, nos seus projetos, e teve uma receptividade do público muito boa. Os visitantes se interessaram muito pelos materiais e projetos que a UENP tem produzido, mostrando uma grande relevância científica e também o impacto social muito importante para a comunidade”, ressaltou.
Um dos projetos de extensão apresentados pela UENP no Paraná Faz Ciência é o “Criando Pontes para uma Educação Antirracista: formação continuada para educadores”, coordenado pela professora do curso de Geografia do Campus Cornélio Procópio, Carla Holanda da Silva. “Nossa participação foi potente e significativa, apresentando propostas interativas para estudantes da rede básica e a comunidade em geral em reflexões sobre a importância de uma educação antirracista. O projeto contribuiu não apenas para a divulgação da UENP, mas também para fortalecer o compromisso com uma educação inclusiva, diversa e transformadora”, enfatizou.
Durante a Feira, os bolsistas do projeto prepararam atividades dinâmicas que dialogaram com a Geografia, a Matemática e a Pedagogia, despertando olhares críticos e criativos para o tema. Para o acadêmico Jonathan Figueiredo de Oliveira a experiência foi marcante. “A gente trouxe para o Paraná faz Ciência alguns jogos, inclusive uma roleta com perguntas sobre conhecimentos afro-brasileiros, para trazer um pouco mais de conscientização e sensibilização para as pessoas”, comentou.
O projeto “Solo na Escola UENP”, que trabalha com ações de conscientização sobre a importância do solo, foi outra atração do estande. Para o evento, os participantes do projeto levaram tintas feitas com diversos solos do Brasil, como uma forma de envolver a arte no projeto. O estudante de Geografia, Iadson Garcia, auxiliou os alunos nas atividades com as tintas e comentou que cerca de 100 desenhos foram feitos somente no primeiro dia pelos alunos. “O objetivo é mostrar que o solo também é arte. Além de mostrar toda tipologia do solo, a gente também une ele com a arte. Mostramos todo o processo que a gente fez com as telas, como foi desenvolvido, desde o solo com a água até a tinta de solo com óleo, até o giz de cera”, explicou.
Outro projeto do Campus Cornélio Procópio que atuou no estande foi o “Programa de Extensão: Educação Fiscal e Cidadania na UENP”. O aluno do curso de Ciências Econômicas, André Luiz de Castro, partilhou a alegria de participar do evento. “Nosso projeto é sobre cidadania fiscal, onde mostramos para o público sobre imposto e como ser um cidadão fiscal. Realizamos duas brincadeiras bem divertidas, com brindes e o público gostou muito. O primeiro jogo foi o que imposto é esse, com níveis fácil, médio e difícil, e o segundo foi o contábil ou furada”, disse.
Do Campus Luiz Meneghel, em Bandeirantes, estiveram presentes os trabalhos “Estratégias para prevenção e combate à dengue com uso de drones”, “Rotulando a verdade: informação que transforma”, “Assessoramento e capacitação na produção do leite, controle de qualidade, fabricação e registros de seus derivados lácteos artesanais produzidos em regime de agricultura familiar na região Norte Pioneira do Paraná”, “Gambá em ação: conscientizando para conservar” e “Sentir para humanizar: arte, emoção e ciência no cuidado”.
O projeto que o estudante de Ciência da Computação, Diego souza Vieira, apresentou com sua equipe trabalha com a prevenção e combate à dengue, com uso de drones e de Inteligência Artificial. “Utilizamos a visão computacional para identificar os principais focos de criadouros de dengue, e assim passar para os agentes de endemia da cidade, para que eles desenvolvam as medidas necessárias. Através das fotos de drones que a gente identifica, a gente consegue localizar, piscinas sujas, caixas d’água abertas, calhas com água, pneus em cima de casas que o pessoal deixa, e aí, por meio disso a gente consegue eliminar esses possíveis lugares que podem servir de proliferação do mosquito da dengue”, acentuou.
Já os projetos do Campus Jacarezinho foram “Expansão e fortalecimento das ações de promoção, prevenção e indicação de tratamento na saúde bucal em Jacarezinho e região”, “Atividades de prevenção às queilites actínicas e ao câncer de lábio na população do Norte do Paraná”, “Acessibilidade e tecnologia na confecção de órteses de baixo custo e em impressão 3D no município de Jacarezinho” e “Sorriso em foco: saúde bucal e autoestima para todas as idades”.
Além disso, o Museu de Arte e Cultura do Norte do Paraná levou uma adaptação da exposição “Minha terra, que delícia! Quantos carnavais…” e peças representativas dos acervos “Quincaju” e “Joãozinho Caldeira: o Poeta do Barro”. O Centro de Documentação Histórica da UENP também apresentou parte do seu acervo durante o Paraná Faz Ciência.
A participação da UENP no Paraná Faz Ciência foi coordenada pelas Pró-Reitorias de Extensão e Cultura (PROEC), de Graduação (PROGRAD) e de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPG). Organizado pelas Secretarias de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), o evento conta com apoio da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná (FA) e da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).
Paraná Faz Ciência
O Paraná Faz Ciência integra o calendário dos maiores eventos científicos do Brasil. Um dos objetivos dessa edição é disseminar a ciência, ocupando não só os espaços da universidade, mas também o imaginário da população com atividades que unem conhecimento, cultura, diversidade e inovação. A programação, intensa e interativa, reuniu mostras científicas, feira de profissão, oficinas, exposições, apresentações culturais e fóruns de debate.
O evento teve o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação na ação contra a mudança global do clima” e foi dividido em seis eixos temáticos: “Ciência, Tecnologia e Inovação na Ação Contra a Mudança Global do Clima” (eixo 1); “Mostra Interativa de Ciência, Tecnologia e Inovação” (eixo 2); “Ciência na Prática; eixo 4 – Redes Colaborativas de Ciência, Tecnologia e Inovação” (eixo 4); “Cultura e Arte” (eixo 5); e “Território, Ciência e Compromisso Social” (eixo 6).