
EXCLUSIVA
Tribuna do Vale – Sabemos que deve ter muitos planos, mas a primeira pergunta é: porque o senhor quis ser prefeito de Santo Antônio?
Gil – Diria que não quis ser prefeito, não almejei isso lá atrás. Na realidade, comecei a trabalhar muito cedo com o meu pai na padaria e, ele, foi aos poucos construindo sua identidade na política, naturalmente, eu acompanhava sua trajetória, observava seus passos, fui criando uma identidade ainda despretensiosa, distante. O tempo foi passando, cursei Economia e a história da vida foi me aproximando desta realidade política, sai vereador, eleito com uma votação esplendorosa, mas, a experiência não me satisfez, tentei me afastar, porém, algo não queria sair de mim, passei a ser assessor parlamentar, onde comecei a entender melhor a realidade desta nova caminhada, fui somando experiência, um passo a mais; consolidando uma postura de assessor em outra dinâmica que a vida me levou; enfim, fui conhecendo situações diferentes, contextos provocativos que me levaram a olhar para Santo Antônio da Platina e comparar seu momento com outras épocas, e cheguei à compreensão que poderia usar a experiência adquirida em prol de minha Cidade e, assim, concorri numa eleição disputada, não vencemos, porém, estava convicto de minha missão e, veio outra oportunidade e hoje estou aqui, como Prefeito.
Tribuna do Vale – Sempre teve essa vontade ou ela surgiu porque queria, tinha algo especial que queria para a cidade
Gil – Conforme mencionei na resposta anterior afirmo que era uma missão que eu tinha que assumir e, para isso, precisava me cercar de pessoas também de bons propósitos, bem intencionadas, que desejassem o melhor para Santo Antônio da Platina e acredito que foi o que aconteceu. Montamos um excelente grupo de trabalho, já na primeira eleição que disputamos; consequentemente adquirimos mais experiência, atraímos outros grupos de lideranças, de cidadãos do bem, fortalecemos nosso propósito, colocamos a campanha nas ruas com muita sinceridade, transparência, olho no olho, levando uma proposta de trabalho com muitas ações e conseguimos criar uma identidade que foi absorvida pela população e chegamos até aqui. E, nesses oito meses, as ações comprovam que muita coisa era e é especial para a Cidade, para a Zona Rural e muito mais há pela frente a ser conquistado, desenvolvido.
Tribuna do Vale– Qual o legado pretende deixar para SAP quando deixar a prefeitura?
Gil – Estamos começando um trabalho, embora bem planejado e transparente fruto de nosso plano de governo que foi levado ao conhecimento de todos e muitos abraçaram esta causa. Mas, diria que deixar um legado é sentir que as ações mudaram a vida das pessoas, a vida do bairro, a luta de um enfermo pelo bom atendimento num tratamento de saúde, a moradia para uma família, a oportunidade de emprego, a satisfação de ver a pessoa progredir, um município desenvolvido, com qualidade de vida. São muitas as formas de entendimento do deixar um legado, que pode ser o pessoal, de uma conduta de caráter; do profissional com as conquistas; comunitário, social, cultural e por aí vai. Por ocasião da visita do Secretário Estadual da Educação em nossa Cidade, o Roni Miranda lá na futura Escola Agrícola, o ex- deputado com quem muito aprendi como assessor, Alex Canziani disse que um dia eu e meu filho Gil Antônio poderemos passar de carro pela rodovia e, ele lançar o seu olhar para o portal de entrada daquele local e dizer, é pai, valeu à pena tanto esforço, tanta renúncia. Este pode ser considerado o legado!
Tribuna do Vale– Qual a obra mais sonhada?
Gil – Não diria a mais sonhada, do sonho muitas vezes a agente acorda e tudo se torna distante, às vezes uma fantasia, em outras, não possível. Mas, diria que a obra mais sonhada é o gesto, a ação, o projeto, a iniciativa que colocamos no dia a dia, com muita responsabilidade e dedicação, para melhorar a vida das pessoas nos bairros, na área central, na zona rural; das pessoas num contexto geral, com serviço público de qualidade; criando alternativas para que outros setores se desenvolvam, cresçam, gerem oportunidades para as famílias, para os jovens e assim, todos ganham. É pensar no coletivo.
Tribuna do Vale – Por fim, qual a área que senhor pretende se empenhar mais na questão de melhorias para a população?
Gil – Ao longo destes oito meses é muito claro que estivemos empenhados em reestruturar a área da Saúde pública em vários setores e a prova está aí. Temos a Farmácia Municipal Central aberta das 8h às 20h50, sem fechar para o almoço. O Pronto Socorro, um desafio imenso que conseguimos equilibrar e, hoje diminuímos consideravelmente o tempo de espera, com duas equipes bem estruturadas para atender a população; o prédio da UPA que ficou oito anos fechado e, temos ao Cisnorpi em até 85%; abrimos a Farmácia no Distrito do Monte Real; conseguimos o Samu Avançado; vem aí a Escola Agrícola com oportunidade para centenas de estudantes em período integral de segunda a sexta; conseguimos recursos para 5 novas UBSs; aprovado Cmei e Creche; teremos uma AME; recebemos esta semana o Secretário de Assistência Social e vem aí uma sede para o Creas; vamos inaugurar a Casa do Autista ainda em agosto com ótimos profissionais atendendo as famílias; realizamos exames de mamografia no município, antes as mulheres tinham que ir em Ibaiti; o Ribeirão Boi Pintado está recebendo uma melhoria de limpeza, dragagem como nunca foi feito e vamos recuperar os bosques nas imediações deste ribeirão para que as famílias possam passar horas agradáveis com as crianças; o esporte em várias modalidades nunca receberam tanto apoio, está aí o futsal profissional e estudantil, o taekwondo, vôlei, basquete, skate e, recentemente, resgatamos a corrida de rua e acrescentamos a competição de bike, onde tivemos no sábado passado, 300 participantes; entregamos mais de 1.400 kits escolares de ótima qualidade e fizemos um concurso para que as capas de cadernos tivessem a criatividade dos alunos; vem aí a entrega de uniformes para os alunos da rede municipal; fizemos um mutirão de plantio de mudas de árvores no Morro do Bim; enfim, todas as áreas são importantes e merecem atenção, como a Cultura, Turismo, estradas rurais em boas condições; o Centro de Convivência do Idoso (CCI) com muitas ações para o pessoal da terceira idade. Acredito que estamos no caminho certo, esta é a minha missão, missão da vice-prefeita Terezinha Maiorky, dos vereadores que são parceiros, dos servidores que fazem acontecer, enfim, das pessoas bem intencionadas.