
O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD) confirmou nesta quinta-feira, 26, após reunião com o secretário Beto Preto (Saúde) e com técnico da Casa Civil, que o governo do Estado vai regulamentar a lei estadual 22.331/2024, de autoria do deputado, que prevê o monitoramento digital contínuo de glicemia em pacientes com idade entre quatro e 17 anos com diabetes mellitus. “É um direito das crianças e dos jovens com diabetes ter condições de medir a glicemia”, disse Romanelli ao celebrar o “Dia Nacional do Diabetes”.
“Com a regulamentação da aplicação da lei, o Estado vai fornecer gratuitamente os aparelhos digitais de medição e sensor de controle glicêmico pelo sistema de saúde pública. As crianças e os jovens, de 4 a 17 anos, que estejam na idade escolar, têm o devido direito de acompanhar como está a medição de sua glicemia. Com isso, certamente, vamos acabar com aquelas intermináveis furadinhas de dedo”, reiterou o deputado.
Romanelli afirma que a nova legislação utiliza a tecnologia em favor da vida e também proporciona às famílias, principalmente às mães, mais conforto e segurança no acompanhamento da doença dos filhos. “A medição da glicemia é contínua e muitos pacientes precisam levar até 15 picadas por dia para a retirada do sangue. Agora, este procedimento poderá ser substituído por um meio mais moderno”.
Doença crônica
De acordo com a lei, o monitoramento digital da glicemia vai atender crianças e adolescentes com diabetes mellitus, tipo 1 e tipo 2, que fazem tratamento ou acompanhamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), que comprovem hipossuficiência e apresentem um laudo médico solicitando a disponibilidade de um aparelho digital de medição e sensor de controle glicêmico.
A diabetes mellitus é uma doença grave e crônica do metabolismo da glicose. É causada pela diminuição do hormônio insulina, produzido pelo pâncreas, que tem como função a mobilização da glicose de dentro das células Isso provoca altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. Esse aumento dos níveis de glicemia pode levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.
A Associação Paranaense do Diabético estima que cerca de 1,2 milhão de pessoas tenham diabetes no Paraná. O número leva em conta também a estimativa de pacientes que convivem com a síndrome, mas ainda não têm diagnóstico. Dados do Ministério da Saúde apontam que o Paraná ocupa a 3ª posição como causa de mortalidade prematura em pessoas de 30 a 69 anos, numa série histórica de 2018 a 2022.
“Esta é lei é uma conquista e também um reconhecimento à luta diária das mães pâncreas, que enfrentam com coragem e amor os desafios do cuidado contínuo. Isso vai, sem dúvida nenhuma, melhorar muito a qualidade de vida das crianças e jovens, e as mães ficarão muito mais tranquilas. Nós temos o que celebrar neste dia, de uma conquista importante que foi fruto do processo legislativo no Paraná”, destacou.