INVESTIGAÇÃO

Esta é a segunda fase da investigação. A primeira ocorreu em dezembro de 2023, quando foram identificados contadores de Londrina responsáveis por constituir empresas de fachada utilizadas para a emissão de notas fiscais em nome de terceiros. As notas simulavam a venda de produtos dos setores automobilístico, agropecuário, madeireiro e de utilidades.
POLÍCIA CIVIL
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou uma operação policial para cumprir seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Londrina e Santo Antônio da Platina, no Norte do Estado. A ação acontece na manhã desta quinta-feira (26) e é fruto de uma investigação policial que visa desmantelar uma associação criminosa envolvida com sonegação fiscal e falsidade ideológica.
Nos endereços, os policiais apreenderam celulares, computadores e documentos que serão periciados para auxiliar na continuidade das investigações.
2ª Operação
Esta é a segunda fase da operação. A primeira foi aconteceu em dezembro de 2023 após a descoberta da existência de contadores da cidade de Londrina que criavam empresas de fachada no intuito de emitirem notas fiscais de venda de diversos produtos (automobilístico, agropecuário, madeireiro, presentes etc.) comercializados por terceiros.
“A fraude consistia em formalizar estas operações comerciais, destinando os produtos a empresas adquirentes por meio de notas fiscais ideologicamente falsas ou inidôneas. As notas eram emitidas por empresas noteiras constituídas pelos contadores investigados”, explica o delegado Thiago de Oliveira, que conduziu a investigação.
Apoios
A investigação da PCPR, que contou com o apoio da Receita Estadual, apurou que os suspeitos atuavam para ocultar os reais vendedores destas mercadorias e absorver a carga tributária devida. Por se tratar de empresas de fachada, constituídas em nomes de laranjas, os impostos não eram recolhidos aos cofres do erário.
Entre 2024 e 2025, as empresas de fachada identificadas nesta fase da investigação emitiram aproximadamente R$ 60 milhões em notas fiscais. Estima-se uma sonegação de R$ 10,8 milhões do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido ao Estado do Paraná.
fraudes
Na atual fase da investigação, a PCPR identificou o principal responsável pelo contato com as empresas sonegadoras e destinatárias das mercadorias. Também foram identificados novos contadores dos quais o principal investigado tem se valido para colaborar com as fraudes fiscais.
Um dos objetivos da ação é a identificação das reais empresas fornecedoras que se ocultam por meio das noteiras.