Tribunal do Júri

A vítima, Isabela, envolvida com várias ocorrências com drogas, foi presa por ter sido acusada de ser coautora de um crime ocorrido em Joaquim Távora
Gladys Santoro/Juninho Queiroz
As rés Tainara da Silva Santos, de Santo Antônio da Platina, e Vanessa Dias dos Reis, de Jacarezinho, foram julgadas no dia de ontem, 25 no Fórum de Santo Antônio da Platina. Ambas pegaram 18 anos de cadeia em regime fechado. Elas assassinaram Isabela Pereira de Souza, de Joaquim Távora.
As rés já estavam presas: uma em Ponta Grossa e outra em Piraquara, porém, o crime ocorreu dia 1º de abril de 2024, na cadeia feminina da 38ª Delegacia de Polícia de Santo Antônio da Platina. Ambas estavam presas por vários delitos.
Segundo a tese do promotor de Justiça, aceita pelo júri, elas mataram Isabela por sufocamento, enquanto a moça dormia. Uma a segurou pelo pescoço e a outra colocou o travesseiro em seu rosto impedindo-a de respirar. O motivo alegado seria que a vítima havia mexido nos pertences de Tainara e Vanessa.
Os advogados das rés tentaram convencer o júri de que elas mataram em defesa própria, durante um desentendimento, onde a vítima teria feito uma espécie de arma branca com uma escova de dentes e tentou atacar as outras duas. Porém, essa “arma” não foi encontrada.
A vítima, Isabela, foi presa por ter sido acusada de ser coautora de um crime ocorrido em Joaquim Távora, mas ela ainda não havia sido julgada. A moça teria atraído um menor para sua casa, para que seu namorado pudesse mata-lo.
As três e outras cinco mulheres estavam presas numa cela apelidada de “seguro”.
O promotor público achou justo a pena que as duas terão que cumprir, mas os advogados pretendem estudar o caso e avaliar se cabe recurso.


