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Seminários com Atila Iamarino despertam interesse do público para as mudanças climáticas

Biólogo esclarece dúvidas e mitos sobre o tema em encontros que estão sendo realizados pela Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec no Paraná e sul do Mato Grosso do Sul

O biólogo, doutor em Microbiologia e divulgador científico Atila Iamarino vem percorrendo o Paraná e sul do Mato Grosso do Sul em seminários com o tema “Mudanças Climáticas e COP30”, uma iniciativa da Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec. São 21 encontros no total, abrangendo mais de 400 municípios de todos os Núcleos de Cooperação Socioambiental. Na última semana, os encontros aconteceram em Perobal, Paranavaí, Cianorte e Maringá, no Paraná.

Iamarino expõe de maneira clara dados científicos sobre o aumento da temperatura no planeta nos últimos anos, devido à ação humana, e suas consequências. Ele também aborda a importância da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) para buscar soluções que minimizem o impacto de emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) na atmosfera da Terra, um dos motivos da mudança no clima.

“Mudanças climáticas são as consequências de um fenômeno que a gente já sabe que acontece há mais de um século, que é a emissão do dióxido de carbono acumulando calor na atmosfera”, explica Iamarino, reforçando que a produção desse gás vem crescendo a cada ano. “As mudanças são inequívocas; sabemos que estão acontecendo pela observação de chuvas, de neve, de degelo, de temperatura média de evaporação da água. E o único fator que a gente consegue usar para explicar por que que o clima mudou é a ação humana.”

Reversão
De acordo com Iamarino, algumas mudanças são irreversíveis; parte do clima mudou e vai continuar mudando por milênios, só por conta do que já está na atmosfera. “Mas muito do que nós fizemos pode ser revertido com a redução da emissão de gás carbônico e a reabsorção de parte do que foi emitido”, afirmou.

“No Brasil, a nossa emissão está muito vinculada ao uso do solo para a agricultura e ao desmatamento. Adotar outras medidas de agricultura e reflorestar parte do que foi destruído pode ser ajudar muito nesse processo”, completou.

Testemunhos
A engenheira ambiental Juliane Magersky, representante do Consórcio Intermunicipal Caiuá Ambiental (Cica), que reúne 19 municípios da região Noroeste do Paraná, participou do seminário em Paranavaí. Para ela, “o seminário foi de grande enriquecimento, porque ele veio derrubar mitos e trazer dados, tanto atuais quanto históricos, que comprovam as mudanças climáticas que o mundo inteiro está passando”, falou.

Uma das participantes do seminário em Maringá foi a professora Suelen Cristina Huber, do Instituto Federal do Paraná, campus Ivaiporã. No evento, ela apresentou um projeto de desidratador de frutas à luz solar – uma forma sustentável de contribuir com a agricultura familiar e o aumento de renda do pequeno produtor. “A energia para produzir um alimento é cara; são muitos custos envolvidos. Ao desidratar, estamos evitando perdas alimentares e contribuindo para evitar a emissão do dióxido de carbono, que está envolvido com todas as mudanças climáticas no planeta”, informou.

O estudante Paulo Mendonça Rodrigues participou do seminário com um grupo do Instituto de Educação Estadual de Maringá. “Foi uma palestra bem interessante, porque explicou o que a gente vai ter que fazer pelo nosso próprio planeta. Como ele [Atila] falou, esses últimos dois anos foram os anos mais quentes de todos os tempos, mas os próximos anos serão os mais frios, e só tende a piorar. Nós cada vez mais vamos ter que batalhar pelo nosso planeta.”

A estudante Natalie Fernanda Lopes de Souza, também do Instituto de Educação Estadual de Maringá, concordou: “Cada vez está ficando mais quente, as mudanças climáticas estão acontecendo e é um…

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