Motivo de preço elevado é variado e vai de onda de calor, aumento da demanda, preço do milho a valorização do dólar e o aumento das exportações

Assessoria de Imprensa UniCesumar/Vitru
Se você foi ao supermercado nos últimos meses, deve ter notado que o preço do ovo está cada vez mais alto. Um dos alimentos mais acessíveis e versáteis da cesta básica, esse item sofreu um aumento significativo desde o início de 2025, pesando no bolso dos consumidores. Mas por que isso está acontecendo? De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o preço dos ovos subiu cerca de 40% em diversas regiões do país. Em alguns estados, uma cartela com 30 unidades já ultrapassa os R$ 40. A alta tem deixado muitos brasileiros preocupados, especialmente aqueles que recorrem ao ovo como alternativa mais barata às carnes.
Segundo Lais Requena, professora de Ciências Econômicas EAD da UniCesumar, essa alta de preços é resultado de uma combinação entre aumento da demanda e redução da oferta. “No início do ano, o consumo cresce naturalmente com a volta às aulas, já que o ovo é amplamente utilizado na merenda escolar”, pontua. Além disso, ela acrescenta que a Quaresma — período de 40 dias antes da Páscoa — incentiva muitas pessoas a reduzirem o consumo de carne vermelha e optarem por proteínas alternativas, como os ovos.
Paralelamente, a produção tem enfrentado desafios. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), a onda de calor que atingiu diversas regiões do país impactou a produtividade das galinhas, reduzindo a oferta de ovos. Como resultado, os preços dispararam. “As altas temperaturas registradas no início do ano afetaram a produtividade das aves, impactando diretamente a oferta e os custos de produção”, afirma em nota o Instituto Ovos Brasil (IOB).
Para piorar o cenário, o milho também ficou mais caro. “A alimentação das galinhas é à base de soja, que fornece proteína, e milho, o carboidrato responsável por dar energia às aves”, explica. O preço da saca de 60 kg vem aumentando desde setembro do ano passado, quando rompeu a marca de R$ 60 e não parou de subir. Este mês custava R$ 79 —32% de aumento. A elevação dos custos tornou inevitável o repasse para o consumidor final, o que onera o produtor.
No entanto, para a professora, os fatores internos não são os únicos responsáveis pela alta dos preços. “A valorização do dólar e o aumento das exportações também influenciaram. Nos últimos meses, os Estados Unidos intensificaram a importação de ovos brasileiros devido a um surto de gripe aviária no país, que levou ao abate de mais de 40 milhões de aves.” Com menos ovos disponíveis no mercado interno, a pressão sobre os preços cresceu.
O futuro dos preços
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) aponta que a tendência de preços elevados pode continuar nos próximos meses, mas há expectativa de estabilização após a Páscoa, quando a demanda costuma diminuir. “Apesar da alta atual, há esperança de que os valores se normalizem ao longo do ano. Contudo, é importante alertar que o consumo de ovos pode continuar alto mesmo após a Quaresma, já que muitos brasileiros têm buscado alternativas mais acessíveis às carnes, que também estão com preços elevados”, lembra Requena.
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