CASO ANDREIA
Redação Tribuna do Vale
O homem acusado de matar a própria namorada, grávida de 7 meses, foi condenado a 45 anos, 8 meses e 20 dias de prisão pelo tribunal do júri de Jacarezinho, município onde aconteceu o crime.
O julgamento do caso, que gerou enorme consternação na comunidade e ganhou repercussão em toda mídia paranaense, aconteceu na última sexta-feira (08), no fórum da comarca de Jacarezinho.
Além da condenação à pena de reclusão, o réu ainda terá que indenizar a filha da vítima, à época com 4 anos de idade, que presenciou o assassinato, ocorrido em novembro do ano passado.
O crime seria passional, uma vez que a vítima, com 30 anos, e o autor do crime, hoje com 27 anos, mantinham um relacionamento – a criança que presenciou o assassinato era filha de um relacionamento anterior de Andreia.
Segundo o Ministério Público, denunciante do caso, o conselho de sentença reconheceu as qualificadoras e as causas de majoração de pena sustentadas pela promotoria: além de feminicídio, foi usado recurso que dificultou a defesa da vítima, o fato do delito ser praticado contra uma mulher grávida, e na presença de descendente, bem como a provocação do aborto sem o consentimento da vítima, com a causa de aumento da gestante ter falecido, e ainda disparo de arma de fogo em lugar habitável.
O réu, que já estava preso, iniciará agora o cumprimento da pena em regime fechado.
RELEMBRE O CASO
O assassinato de Andreia aconteceu na madrugada de 9 de novembro do ano passado, na residência onde a vítima morava, na Vila Maria, em Jacarezinho.
Na oportunidade o autor do crime invadiu a casa, por volta das 3h da manhã, e depois atirou na cabeça da vítima, que morreu na hora.
Uma criança filha de Andreia em um relacionamento anterior presenciou o crime e correu até o portão da casa pedindo socorro. Após atirar contra a vítima, o criminoso fugiu.
Ao perceber que tinha sido visto por um vizinho, o assassino ainda fez um segundo disparo, contra a testemunha, mas acabou não acertando o tiro.
As investigações de imediato já apontaram para o então namorado de Andreia como principal suspeito do crime. Ele acabou preso pela Polícia Civil de Jacarezinho logo no dia seguinte, em Ourinhos.
O réu já possuía passagens pelos crimes de furto, receptação e porte de arma de fogo.