Em 12 anos, proporção de mulheres responsáveis por domicílios avança e se equipara à de homens

CONTAGEM CENSO 2022

Em 2022, mais da metade (57,5%) das unidades domésticas eram formadas por responsável e cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente. Houve redução frente a 2010 (65,3%).

IBGE | Breno Siqueira e Vinícius Britto | Arte: Claudia Ferreira  

No Brasil, segundo o Censo 2022, entre as pessoas responsáveis pelas unidades domésticas, 50,9% eram homens (37 milhões) e 49,1%, mulheres (36 milhões). Houve mudança importante em relação a 2010, quando o percentual de homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior que o de mulheres (38,7%).

Em 2022, mais da metade (57,5%) das unidades domésticas eram formadas por responsável e cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente. Houve redução frente a 2010 (65,3%).

Pessoa responsável

As unidades domésticas compostas por pessoa responsável e cônjuge ou companheiro do mesmo sexo representavam 0,54% do total. Mesmo com percentual ainda pequeno, houve um crescimento expressivo frente a 2010 (0,10%). O número deste tipo de unidades domésticas passou de 59.957 em 2010 para 391.080 em 2022.

De 2010 para 2022, a proporção das unidades domésticas com pessoa responsável, cônjuge e filho de ambos recuou de 41,3% para 30,7%, enquanto a proporção de unidades com responsável, cônjuge e filho de um dos cônjuges recuou de 8,0% para 7,2%. Já a proporção de casais sem filhos subiu de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022.

Entre as quatro espécies de unidades domésticas, a mais frequente em 2022 era a nuclear, que representava 64,1% do total, seguida pela unipessoal (18,9%), estendida (15,4%) e composta (1,5%). Em 2010, esses percentuais foram, respectivamente, de 66,3%, 12,2%, 19,1% e 2,5%.

Idosos

As maiores concentrações de pessoas idosas (60 anos mais) responsáveis pelas unidades domésticas estavam nas unidades unipessoais (28,7%) e nas estendidas (21,7%).

Entre agosto de 2021 a julho de 2022, doze meses antes da data de referência, foram informados no Censo Demográfico 2022 um total de 1.326.138 óbitos no país, sendo 722.225 óbitos (54,5%) para o sexo masculino e 603.913 (45,5%) para o feminino.

Na população com 15 a 34 anos, os óbitos masculinos são bem mais numerosos que os femininos. O grupo etário com a maior razão de sexo dos óbitos (óbitos dos homens divididos pelos das mulheres) é o de 20 a 24 anos (371 óbitos masculinos para cada 100 femininos, ou uma sobremortalidade masculina 3,7 vezes maior que a feminina).

Em 2022, 49,1%unidades domésticas do Brasil tinham responsáveis do sexo feminino – Foto: Agência Brasília

Mudança

Em 2022, das 72,5 milhões de unidades domésticas do Brasil, 49,1% tinham responsáveis do sexo feminino. A proporção representa uma mudança importante em relação ao Censo de 2010, quando o percentual de homens responsáveis (61,3%) era substancialmente maior do que o percentual de mulheres (38,7%). Por unidade doméstica entende-se o conjunto de pessoas que vivem em um domicílio particular.

As informações são do “Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados: Resultados do universo”, divulgado hoje (25) pelo IBGE. O evento de divulgação ocorre a partir das 10h na Casa Brasil IBGE, no Palácio da Fazenda, no Centro do Rio de Janeiro. Haverá transmissão ao vivo pelo IBGE Digital. Os dados também estão disponíveis no Sidra, na Plataforma Geográfica Interativa (PGI) e no Panorama do Censo.

Em 10 estados, o percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica foi maior que 50%: Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%), Maranhão (53,0%), Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), Rio de Janeiro (52,3%), Alagoas e Paraíba (51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%).

“Os dados do Censo mostram que a maior parte dessas unidades da federação estão concentradas na Região Nordeste do país. Por outro lado, os menores percentuais são encontrados em Rondônia, com 44,3%, e em Santa Catarina, com 44,6%. Percebe-se, de forma geral, que as unidades da federação acompanharam o movimento do país com aumento da proporção de unidades domésticas com responsáveis do sexo feminino””, aponta a analista da divulgação, Luciene Longo

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